Jornalista americano expõe atletas homessexuais
O artigo de Nico Hines foi tirado do ar logo após grande repercussão na internet
Jornalista americano expõe atletas homessexuais
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12 de agosto de 2016 - 14h52
O jornalista norte-americano do The Daily Beast Nico Hines teve seu nome repercutido nas redes sociais, na última quinta-feira, depois da publicação de um artigo em que tentava tirar alguns atletas homossexuais do armário. O jornalista, que é heterossexual, criou um perfil no aplicativo de relacionamento Grindr e mapeou alguns atletas que apareceram para ele nas intermediações da Vila dos Atletas. Nico chegou a marcar encontro com alguns e não apareceu.
Ao decorrer do texto, Nico menciona um atleta oriundo da Ásia Central, de um país onde a homossexualidade é criminalizada e os homossexuais vivem em condições de risco. No texto, Hines preservou os nomes das pessoas com que entrou em contato no aplicativo, mas forneceu descrições detalhadas o suficiente para que fosse possível identificar atletas gays, que ainda não haviam assumido a homossexualidade.
A repercussão começou quando um nadador de Tonga que é abertamente gay e afirmou que o texto de Hines colocava “a vida das pessoas na vila em risco”. O autor recebeu múltiplas acusações no Twitter e no Facebook, sendo criticado até por outros atletas olímpicos. O site Slate classificou o artigo de “perigoso e altamente antiético”.
O texto, intitulado “I Got Three Grindr Dates in a Hour in the Olympic Village” (Consegui três encontros no Grindr em uma hora na Vila Olímpica), foi retirado do ar e, no lugar, é possível encontrar um texto de desculpas do The Daily Beast. No texto, o site explica que ainda tentou reparar alguns danos do artigo do editor, removendo alguns pontos de crítica, mas acabou por decidir retirá-lo do ar.
“O artigo não teve a intenção de prejudicar ou degradar membros da comunidade LGBT, mas intenções não importam, os impactos, sim. Nossa esperança é que, ao remover o artigo que está em conflito com nossos valores bem como com aos quais aspiramos como jornalistas demonstre quão seriamente levamos nosso erro”, diz o “Daily Beast”.
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