30 Under 30 - 2008

Naima Almeida

2008: Designer da EC
2021: Artista visual

Naima Almeida, designer com inúmeros projetos realizados na área do design gráfico, só acredita em fazer bom trabalho se houver mergulho fundo: “Não consigo fazer nada sem me envolver completamente, sem acreditar naquilo. Chego a sonhar com os trabalhos que estou fazendo. Sonho que abro os programas e fico consertando o que pode ser melhor, durante horas. Parece que minha cabeça exige que eu me prenda totalmente naquilo e faça sempre o melhor que eu conseguir”. Se é assim em sonho, imagine na vida real. Para ela, designer tem de ser designer em todas as horas em que estiver acordado: “Acho que todo bom designer precisa ser um tanto múltiplo, interessar-se por várias outras coisas além do trabalho do dia-a-dia. Ir ao cinema, passear pela rua, isso tudo faz parte da profissão. É repertório que você precisa acumular e atualizar sempre”. Para não cair na rotina, ir além também é fundamental: “É preciso praticar o exercício de desafiar-se a si mesmo e experimentar fazer algo que você não está acostumado ou não sabe fazer”. Por isso, não vê limites na profissão; basta romper barreiras: “Acredito que é possível trabalhar em qualquer área de comunicação, seja ela vídeo, animação, cenário, moda, o que for, mantendo o foco no design. Minha vontade é expandir esses limites e não me restringir só ao que se convencionou chamar de design gráfico”. Aos 22 anos, tem já uma grande certeza, a de que nunca estará pronta: “Segurança monótona não quero nunca. Quero sempre me sentir um tanto despreparada, para mergulhar nas coisas já tentando me superar”.

(texto e foto publicados originalmente na edição de Meio & Mensagem de 14 de abril de 2008)