Efeitos Especiais - 2011

5º lugar – 16% dos votos
Luis Carone

Paranoid BR

Luis Carone, 26 anos, é o mais jovem diretor entre os eleitos. E a juventude, parece, é o seu grande trunfo. “Acho que tenho uma coisa muito nova. E, por isso, consigo falar bem com os jovens.”

O impulso para a carreira veio de casa. O pai, da área de informática, entrou com a tecnologia; e a mãe, ceramista, forneceu a imagem. A soma dos dois o conduziu logo cedo para a produção e pós-produção audiovisual caseira, primeiro, e, logo depois, profissional, em produtoras como Dínamo e AD Studio.

Carone pertence a uma geração beneficiada pela democratização das tecnologias de informação e produção de conteúdo, que se baseia fundamentalmente no princípio da tentativa e do erro como instrumento formativo. Não por acaso, não cursou universidade. “Para mim, sempre foi algo mais empírico. Sempre tento experimentar novas coisas em meu trabalho. O que acontece, às vezes, é que não dá certo”, sorri.

O fato de trabalhar muito bem com pós-produção é o diferencial do diretor. “Ela é uma aliada ao que foi filmado, para corrigir alguma coisa. Tenho essa característica, que é um requinte a mais.”

Igualmente distintivo de muitos jovens, a imagem tem predileção sobre a narração nos comerciais dirigidos por Carone. “Gosto sempre mais de filmes com algum apelo visual, com algo mais estético.”

As novas mídias são, para ele, de fato um novo paradigma da sociedade. “A internet faz com que você veja muita bobagem e também as coisas que de fato você quer ver.” Tem a prerrogativa única de compartilhar conteúdos e formar talentos.

Daí, a bronca do diretor em quem trata o meio como se fosse de baixa relevância e, por isso, merecedor de verbas sempre menores. “A partir do momento em que ela é tratada não como coisa de segunda, mas como de primeira, dá retornos reais”, contabiliza. O futuro, segundo ele, à nova mídia pertence.

(texto e foto publicados originalmente na edição de Meio & Mensagem de 21 de março de 2011)