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07º lugar – 19% dos votos
Rodrigo Pesavento

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Direção de Filmes - 2011

07º lugar – 19% dos votos
Rodrigo Pesavento

Zeppelin

Rodrigo Pesavento diz gostar mesmo é da “gritaria”. “Boto muita energia nos meus filmes. Não só no set, como também no processo todo. Puxo muito das pessoas e gosto de deixar a rotação em alta. Filme ‘lavadinho, coolzinho e fashionable’ não é comigo. Gosto de filmes com humor rápido e marcante. De filmes com ação. Gosto da correria.”

A campanha que o projetou, até internacionalmente, a do chocolate Twix, que brincava com personagens com síndrome de Tourette, de tiques e vocalizações bizarros (“Caramelo!”), sintetiza o modo de ser e trabalhar do diretor.

Sua história com a imagem começa com a fotografia, como hobby na infância e adolescência. “Talvez por influência do meu pai, que viajava muito e sempre carregava sua Asahi Pentax.” Também moldou sua sensibilidade às projeções de slides organizadas pela mãe, historiadora, em um cinema improvisado na garagem de casa. No final dos anos 80, ganhou sua primeira câmera VHS e não parou mais.

Para Pesavento, o processo de criação e produção de um filme é sempre uma via de duas mãos. “Da mesma forma que tu pões um pouco de ti no filme, um pouco do filme fica em ti também. É uma troca. Sempre ficam histórias para contar, viagens nunca pensadas, pessoas inesquecíveis, aquela cena inusitada, aquela luz que nunca mais vai acontecer. É bacana aquele filme em que tu te superas, te surpreendes e, por consequência, surpreendes a todos, também”, explica, com a prosódia tipicamente gaúcha.

Pesavento defende a apreciação do mundo, pelo diretor, de forma ampla e irrestrita. “Nosso trabalho é composto de cinema, pintura, teatro, música, videogame, viagem, internet e tudo o mais que se achar útil. A inspiração vem do meio da rua. Devemos ter foco, mas também exercitarmos um olhar periférico.”

Sobre a produção de filmes publicitários no País, elogia a criatividade e o bom astral que na maioria das vezes circunda os trabalhos. “Fazem coisas legais serem pensadas e tomarem forma.”

O sonho que cultiva é fugir do padrão do comercial de 30 segundos, pois avalia que o mundo mudou: “A publicidade ganhou outro corpo, outras formas, outros espaços. A publicidade inteligente não é invasiva. É aquela que vem com informação. Com conteúdo. É multidisciplinar. Te seduz pelo que tem por dentro. Romântico? Talvez”.

(texto e foto publicados originalmente na edição de Meio & Mensagem de 21 de março de 2011)

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