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Dois anos após acusações, Gustavo Martinez deixa WPP

Executivo esteve à frente das operações da holding na Espanha desde que foi acusado de assédio moral, sexual e racismo em 2016


7 de junho de 2018 - 17h01

Gustavo Martinez não faz mais parte do quadro de funcionários do WPP. Depois de ter sido acusado formalmente de assédio moral, sexual e racismo pela então chief communications officer da JWT Erin Johnson, em março de 2016, o executivo espanhol deixou a função de CEO global da JWT, mas não deixou a holding: foi realocado na Espanha, onde esteve à frente das operações do grupo nos últimos dois anos.

Um porta-voz do WPP declarou que a companhia, juntamente com Martinez, chegaram a comum acordo de que seria melhor para ambas as partes que ele continuasse sua carreira fora da organização. Em comunicado, ele disse que deseja voltar à universidade, onde lecionou anos atrás. “É algo que realmente gosto de fazer”, afirmou.

A decisão de remover Martinez da operação teria sido aprovada pela dupla sucessora de Martin Sorrell no comando do WPP, Mark Read e Andrew Scott. A permanência de Martinez sob a gestão de Sorrell teria causado a ira de executivos do alto escalão do grupo.

Em sua acusação, Erin Johnson alegou que Martinez dizia que consideraria estuprar funcionárias para que fossem mais submissas, chamava negros de macacos e criticava judeus. Em abril, o WPP chegou a um acordo com Erin, que deixou a JWT.

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