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Facebook e Twitter reforçam compromisso contra terrorismo

Após ataques em Londres, empresas afirmam que buscam "ambiente hostil" para práticas extremistas


5 de junho de 2017 - 10h01

O Facebook e o Twitter se pronunciaram durante o fim de semana sobre os ataques extremistas em Londres que fizeram sete vítimas. As empresas se comprometeram a reforçar o compromisso em barrar ações extremistas em seus ambientes. Em um dos pronunciamentos sobre o caso, a primeira-ministra britânica, Theresa May, exigiu ações mais concretas das plataformas de internet.

Em comunicado, o Facebook afirmou que o objetivo é reforçar ferramentas para impedir mensagens extremistas. “Queremos que o Facebook seja um ambiente hostil para terroristas”, disse Simon Milner, diretor de políticas do Facebook. “Usando uma combinação de tecnologia e revisão humana estamos trabalhando com o objetivo de remover conteúdo terrorista de nossa plataforma”, reforçou Milner.

Em março, durante a F8, reunião anual de desenvolvedores do Facebook, Mark Zuckerberg, fundador da empresa, falou publicamente sobre os casos recentes de assassinato e suicídio transmitidos ao vivo via plataforma. Na ocasião, ele se comprometeu em continuar assegurando que tais episódios sejam barrados. “Nosso foco é continuar assegurando que essas tragédias possam ser impedidas”, disse Zuckerberg,

Nick Pickles, diretor de políticas públicas do Twitter no Reino Unido, também ressaltou suas políticas de combate ao terrorismo. “Conteúdo extremista não tem lugar no Twitter”, disse Pickles. De acordo com ele, o microblog suspendeu mais de 400 mil perfis com eventual conteúdo extremista no ano passado. “Vamos expandir o uso de tecnologia para remover esse tipo de conteúdo”, disse.

Internet controlada

De acordo com a primeira-ministra Theresa May, ainda existe muita tolerância ao extremismo na internet. “Não podemos dar a esta ideologia o espaço seguro que ela precisa para crescer, no entanto, é precisamente isso que a internet e as grandes empresas que fornecem serviços online dão”, disse May.

Em nota, a Open Rights Group (ORG), organização de direitos digitais, afirmou que a posição de May pode levar a que “redes maléficas” sejam empurradas para áreas “mais sombrias da internet”. “A internet e empresas como o Facebook não são a causa do ódio e violências, mas ferramentas que podem ser usadas para tal”, comunicou a ORG.

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