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GM, Walmart e PepsiCo pressionam o Google

A associação de anunciantes dos Estados Unidos pede para que seus membros suspendam publicidades na plataforma, incluindo o YouTube; boicote se mantém na Europa


27 de março de 2017 - 7h00

A onda de boicotes ao Google e ao YouTube, por veiculação de anúncios em conteúdo extremista, continua. A Associação Nacional de Anunciantes (ANA), dos Estados Unidos, emitiu comunicado na sexta-feira, 24, pedindo que seus membros suspendam publicidade em sites das duas plataformas. “A preocupação de vocês com o bem-estar das marcas é racional, apropriada e justificada”, disse Bob Liodice, CEO da ANA, em comunicado.

Após Johnson & Johnson, Verizon e AT&T aderirem ao boicote, na última quinta-feira, 23, General Motors, Walmart, PepsiCo e FX Networks anunciaram que também suspenderam publicidade nas plataformas do Google. Em comunicado, a GM afirmou que “suspendeu todos os anúncios segmentados no YouTube até que o Google possa dar garantias de segurança.”

O Walmart afirmou que a situação é grave: “o conteúdo com o qual estamos sendo associados é contra os valores da nossa empresa”, disse o varejista, em comunicado. “Pedimos ao Google para corrigir essa situação imediatamente e iniciamos um processo para remover todos os anúncios das plataformas de busca”, disse a empresa.

A PepsiCo disse, também em comunicado, que está “profundamente preocupada que sua marca tenha aparecido ao lado de vídeos que promovem ódio e ofensas”. “A PepsiCo tomou medidas imediatas para remover toda a publicidade de plataformas até que o Google possa garantir que isso não aconteça novamente”, disse a empresa.

O movimento de boicote ao Google iniciou-se na semana após decisão da agência Havas de retirar toda a publicidade de seus clientes no Reino Unido do Google e do YouTube. A repercussão fez com que o Google viesse a público anunciar novas diretrizes relacionadas à mídia programática. Grandes marcas do Reino Unido, como a varejista Marks & Spencer, Argos, BBC, Domino’s Pizza, The Guardian, Hyundai, Royal Mail e Sainsburys, aderiram ao boicote. WPP e Interpublic também expressaram preocupação sobre o tema.

No Brasil, na tarde da quinta-feira, 23, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) emitiu um comunicado com a expectativa de que os acontecimentos contribuam para que as empresas reconsiderem suas atitudes e práticas de transparência. “O momento é uma excelente oportunidade para o digital demonstrar o compromisso de sua operação não apenas com a sua audiência em geral, mas também com anunciantes e as agências de publicidade”, diz a nota da Abap.

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