Justiça decreta falência do jornal Diário de S.Paulo
Juiz alega confusão societária, gerencial e patrimonial entre Minuano, Cereja Serviços de Mídia e Editora Fontana, acionistas do jornal
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Meio & Mensagem
24 de janeiro de 2018 - 12h06
O juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou na segunda-feira, 22, a falência do jornal Diário de São Paulo. A razão alegada para o pedido judicial seria uma confusão societária, patrimonial e gerencial entre as empresas proprietárias do grupo: Editora Fontana, Editoria Minuano e Cereja Serviços de Mídia.
De acordo com o documento judicial, “a Minuano tem 99% de seu capital social detido por Nilson Fuiz Festa e 0,01% pela Editora Fontana”. As divergências societárias surgem pelo fato de que a Editora Fontana, por sua vez, tem 88,05% de suas cotas detidas pela Cereja Serviços de Mídia, 11,91% pela Minuano e 0,04% por Nilson Luiz Festa. Já a Cereja tem 91,5% de suas cotas pertencentes à Minuano e 9% por Luiz Cesar Romera Garcia, sucessor de Nilson Festa no negócio. Desde março do ano passado, a organização societária do Diário de S.Paulo está dividida entre a Minuano e Luiz Cesar Romera Garcia.
Além da divergência na sociedade, o texto do juiz também aponta diversas confusões patrimoniais e gerenciais que envolvem o Diário de S. Paulo. A sede do jornal é no mesmo local dado como endereço oficial de Minuano e Cereja. Além disso, a administração financeira de Cereja, Diário de S.Paulo e Minuano eram realizadas por uma única pessoa física, que administrava todas as contas.
Na prática, o pedido de falência suspende as atividades do veículo impresso por cinco dias. Após esse período, o jornal pode continuar circulando, uma vez que o juiz considerou que, para a massa falida, é mais produtivo que as atividades sejam mantidas. De acordo com o Portal Comunique-se, o prédio do jornal foi lacrado nesta quarta-feira, 24.
Greve
De acordo com notícias que circulam na imprensa, a situação financeira do Diário de S.Paulo é crítica há algum tempo. No ano passado, o caso ganhou contornos mais sérios no segundo semestre, quando a redação do jornal entrou em greve para reivindicar o pagamento de salários e benefícios atrasados (férias, 13º salário e FGTS). Com intermediação do sindicato, os colaboradores do veículo conseguiram um acordo de pagamento e retomaram as atividades dias depois. Segundo reportagem do Comunique-se, no entanto, os atrasos de pagamentos voltaram a acontecer.
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