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Valores e sustentabilidade devem guiar marcas em 2019

Accenture aponta tendências na 12ª edição do Fjord Trends, análise anual sobre o futuro dos negócios, tecnologia e design


2 de janeiro de 2019 - 7h46

Enquanto os últimos anos foram marcados por uma intensa revolução digital, com novas redes sociais, dispositivos e tecnologias, 2019 promete uma desaceleração. Segundo o Fjord Trends deste ano, relatório de tendências anual feito pela Accenture Interactive, o público está priorizando menos notificações exageradas e mais valor, necessidade e identificação nos produtos e serviços que consomem.

 

Consumidores estão preferindo menos notificações e mais produtos e serviços com valores compatíveis aos seus (Crédito: Aleksandar Cvetanovic/Unsplash)

“O digital agora é tão amplamente adotado que sua novidade se esgotou”, diz Mark Curtis, co-fundador e CCO da Fjord, em comunicado. “Em sua tentativa de remover o desnecessário, as pessoas estão sendo mais seletivas sobre quais produtos e serviços elas incorporam em suas vidas diárias, optando por desconectar, cancelar a assinatura ou excluir se a troca de valores não for mútua. Nunca antes a responsabilidade do design foi mais importante.”

O ano também será marcado por maior atenção à sustentabilidade, descarte de itens desnecessários, busca por harmonia na mobilidade urbana e personalização da comunicação e serviços. As tendências do estudo foram mapeadas por meio de consulta a mil designers da Fjord em 28 estúdios pelo mundo. Veja mais sobre as sete principais tendências:

1) O silêncio é ouro
Conforme o número de notificações e assistentes de vozes foram aumentando, o consumidor começou a temer que a tecnologia pudesse ter um impacto negativo na sua saúde mental. As marcas precisam colocar o humano antes da inovação, ouvir os consumidores e trabalhar de forma ética, evitando criar coisas que eles não precisem.

2) O último canudo?
O meio ambiente foi um grande tópico de discussão em 2018. O movimento contra o uso de canudos de plásticos cresceu e diversas marcas aderiram. O consumidor, portanto, passou a cobrar as marcas por uma mudança cultural. Segundo o relatório, as marcas devem se adaptar para entrar na economia circular, tornar os consumidores participantes e os produtos e serviços sustentáveis.

3) Minimalismo de dados
Em um ano marcado por escândalos de dados envolvendo plataformas e empresas, o consumidor se tornou mais atento a transparência e privacidade de dados. De acordo com uma pesquisa feita pela IBM, 75% dos entrevistados dizem que não compram produtos de uma empresa se não confiam que a mesma irá proteger seus dados. As organizações devem ser mais transparentes e usar somente os dados que eles precisam para fazer novos produtos e serviços com responsabilidade.

4) À frente do meio-fio
2019 também promete um ano de maior consolidação dos serviços de mobilidade urbana individual. Segundo o Fjord Trends, bicicletas, drones, scooters e outros aparelhos de mobilidade deram mais liberdade às cidades, mas deve-se combater a desordem dos sistemas que não estão unificados.

5) O paradoxo da inclusão
Ter uma maior variedade de vozes e representatividade foi um dos pontos cruciais para uma boa comunicação em 2018. Agora, as empresas devem conversar com os consumidores como indivíduos, deixando de usar padrões de consumo como idade, gênero, local e outros e dar maior importância ao estilo de vida e valores de cada pessoa. De acordo com o relatório, a Inteligência Artificial irá auxiliar nessa questão com a personalização dos componentes do produto ou serviço para cada consumidor.

6) Odisseia no espaço
As empresas devem encontrar formas de unir as experiências no digital com os espaços reais, do mundo físico. Para isso, os espaços devem ser pensados com novo design e devem atender as expectativas do usuários para uma maior flexibilidade e personalização.

7) Realidades sintéticas
A princípio percebidas como assustadoras, as realidades sintéticas foram se tornando familiares e aceitas pela sociedade. No relatório, a Accenture Interactive incentiva as marcas a se associarem com realidades sintéticas e criarem produtos e serviços a partir delas.

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