Presidente da Renault-Nissan é preso no Japão
O brasileiro Carlos Ghosn é suspeito de ter feito uso pessoal dos ativos da companhia
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19 de novembro de 2018 - 10h56
O executivo Carlos Ghosn, CEO da Renault e presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi preso na manhã desta segunda-feira, 19, no Japão. O brasileiro é suspeito de ter subestimado seus próprios ganhos nas demonstrações financeiras da companhia.
Em nota, a Nissan afirmou que pretende afastar Ghosn do cargo no conselho administrativo, alegando que o executivo fez uso pessoal dos ativos da companhia e “declarou durante anos renda inferior ao valor real”. A empresa também disse ter descoberto vários outros atos de conduta inapropriada após a condução de uma investigação interna sobre o executivo e o diretor Greg Kelly. A empresa disse estar colaborando com promotores públicos do Japão nas investigações. Ghosn também concordou voluntariamente em falar com as autoridades.
“A Nissan lamenta profundamente por ter causado preocupação a nossos acionistas e stakeholders”, disse a montadora em nota publicada pelo The Japan Times. Após o anúncio da prisão, as ações da Renault caíram 13%.
Carlos Ghosn foi presidente da Nissan entre 2001 e 2017, quando deixou o cargo para cuidar das parcerias com a Renault e Mitsubishi. Ele permaneceu como presidente do conselho da Nissan.
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