Queda da receita publicitária é a maior preocupação de jornalistas
Levantamento da empresa de relaçõe públicas Sweet Spot aponta as percepções de jornalistas de 52 países em relação à indústria de notícias
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Karina Balan Julio
13 de dezembro de 2018 - 6h00
A queda das receitas de publicidade das empresas de mídia é a maior ameaça para o jornalismo, segundo a opinião de 40% dos jornalistas na América Latina. A preocupação dos jornalistas da região com o tema é maior do que em outros mercados, já que o índice de preocupação entre profissionais da área globalmente é de 26%.
As informações são do levantamento qualitativo “Status Quo del Periodismo”, feito pela empresa de PR Sweet Spot, com 365 jornalistas em 52 países . A segunda maior ameaça, segundo 32% dos jornalistas da América Latina consultados pela pesquisa, é a difusão de notícias falsas.
A violência contra jornalistas, a compra de veículos de mídia por grandes corporações e os cortes de pessoal das redações, que acarretam no acúmulo de funções entre os jornalistas, são a preocupação principal para apenas 9% dos profissionais da região. Em nível global, por sua vez, as demissões são o motivo principal de preocupação para 19% dos profissionais.
Quando solicitados a descrever o momento atual do jornalismo em apenas uma palavra, 63% dos jornalistas da América Latina caracterizaram a indústria de forma negativa: as palavras mais utilizadas foram “desafiado” e “lutando”, assim como “ameaçado”, “atacado” e “enviesado”. Cerca de 36%, no entanto, caracterizaram a indústria de forma positiva, usando palavras como “importante”, “transformador” e “verdade”.
Entre todos os jornalistas consultados na pesquisa, 43% fizeram manifestações em seu nome a favor da liberdade de imprensa. Porém, mais da metade optaram por não citar o assunto nominalmente, por medo de comentar sobre a indústria e terem sua segurança ameaçada.
Em regiões como o Oriente Médio, África e Ásia, por exemplo, o termo mais utilizado para descrever a indústria foi “censura”.
Os jornalistas de países nórdicos se mostraram os mais otimistas sobre o mercado, com 53% de citações positivas. Os jornalistas europeus, por sua vez, são os mais pessimistas, com cerca de 26% citações positivas.
Na América Latina, a pesquisa consultou jornalistas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Venezuela. Foram consultados profissionais de veículos com diversas vertentes editoriais no período entre agosto e outubro de 2018.
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