Rock in Rio anuncia Espaço Favela para 2019
Iniciativa em parceria com Sebrae, Viva Rio e Cufa quer amplificar olhar sobre as favelas e reforçar a esperança a partir da economia criativa
Iniciativa em parceria com Sebrae, Viva Rio e Cufa quer amplificar olhar sobre as favelas e reforçar a esperança a partir da economia criativa
Teresa Levin
26 de abril de 2018 - 14h42
Depois de anunciar Anitta como uma das atrações do Palco Mundo na edição do Rock in Rio em 2019, a organização do festival apresentou outra novidade, o Espaço Favela, que será montado pela primeira vez no ano que vem. Em parceria com o Sebrae, Viva Rio e a Central Única das Favelas (Cufa), a ideia é que ele amplifique o olhar sobre as favelas e reforce a esperança nestas localidades a partir da movimentação da economia criativa. Com um palco, ele contará com a apresentação de talentos da música e da dança de comunidades do Rio de Janeiro, e trará também em seu entorno uma amostra da culinária presente em favelas cariocas. A expectativa é que o Espaço Favela envolva 10 mil empreendedores, pequenos negócios e profissionais nas regiões selecionadas.
“O Espaço Favela vai trazer o olhar para as comunidades, vai retratar a alegria de seus moradores. Vamos amplificar este universo dando vida aos seus personagens”, explicou Roberto Medina, presidente do Rock in Rio, na coletiva de imprensa na qual o espaço foi apresentado. Segundo ele, a ideia é ir além de uma apresentação no Rock in Rio. “Queremos iniciar um movimento que traga esperança e oportunidades para quem vive nas comunidades”, observou.
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“Não teremos assistencialismo. Queremos evidenciar o que é bom nas comunidades. A favela é sim um caldeirão de criatividade, de vários estilos. A ideia é potencializar e mostrar os talentos que estão dentro das comunidades”, explicou Zé Ricardo em um comunicado. Nesta primeira edição serão contempladas as comunidades do Rio de Janeiro, mas que a expectativa é que este trabalho possa ser expandido para todo o Brasil.
Além de Zé Ricardo, a Cufa fará a curadoria dos artistas que farão intervenções em grafite na cenografia. A ideia é que as obras também gerem produtos oficiais, que terão suas vendas revertidas para projetos sociais ambientados nas comunidades do Rio. A Central Única das Favelas contribuirá ainda capacitando profissionais de luz e som para operar a parte técnica do palco junto com as equipes oficiais. Também serão identificados nas comunidades figurinistas, produtores e outros profissionais que terão a oportunidade de vivenciar na prática os bastidores do Rock in Rio.
Gastronomia
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“O Sebrae pode oferecer cursos, orientar como montar seu negócio e facilitar o acesso ao crédito. Uma das nossas ideias é levar para estes microempreendedores as ‘fintechs’, pequenas empresas tecnológicas que podem ajudar na concessão de crédito”, detalhou o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, em um comunicado.
Além disso, pela parceria do Espaço Favela, o Sebrae/RJ e o Viva Rio desenvolverão um programa em comunidades de Rio de Janeiro, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, São João de Meriti e Belford Roxo. Estão previstas ações de qualificação empresarial, formação de redes empreendedoras, acesso a serviços financeiros e formalização de negócios, entre outras, que fomentarão oportunidades de trabalho e renda nos territórios vulneráveis da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Além de ajudar na descoberta dos talentos para o Espaço Favela, o Viva Rio também realizará um calendário de eventos chamado “Só quero ser feliz”. Com ele, a ideia é impulsionar festas, celebrações e movimentos populares do Rio de Janeiro. Serão dois eventos por mês no ano 2018; já em 2019, o Viva Rio promoverá eventos gastronômicos e culturais que ajudarão a revelar talentos para o Espaço Favela.
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