Spotify é acusado de criar artistas falsos
A plataforma estaria criando faixas para playlists em detrimento de artistas vinculados a grandes gravadoras, com o objetivo de pagar menos royalties
A plataforma estaria criando faixas para playlists em detrimento de artistas vinculados a grandes gravadoras, com o objetivo de pagar menos royalties
O Spotify está sendo acusado de pagar produtores para criar faixas de artistas falsos para integrar suas playlists, em detrimento de artistas verdadeiros. A alegação surgiu após a divulgação, no ano passado, de um relatório do site Music Business Worldwide, que dizia que algumas destas playlists, muitas vezes com mais de um milhão de assinantes, traziam artistas falsos ou criados pela própria plataforma. O MBW também sugeriu que o Spotify impulsionava seu próprio faturamento ao comprar os direitos musicais de artistas independentes.
A conversa voltou à tona esta semana, em uma matéria da revista americana Vulture, que alegava que muitos destes artistas tinham registros apenas no Spotify, sem possuir perfis em outros sites e plataformas de música como Youtube e SoundCloud. Segundo a revista, o serviço teria contratado produtores para criar composições em estilos específicos como Jazz e Soul – de forma que os produtores ganhassem um valor fixo e transferissem os direitos autorais para o Spotify, e então a empresa não precisaria pagar royalties pelas execuções das músicas.
“Nunca criamos artistas falsos e os colocamos em playlists do Spotify. Esta informação é categoricamente falsa”, disse um porta-voz do Spotify à Billboard americana. Em comunicado ao site The Verge, a empresa disse que não detém direitos musicais e não atua como um selo de música. “Todas as músicas são licenciadas pelos devidos detentores e pagamos royalties por todas as faixas”, diz a nota.
Em resposta, o MBW publicou uma lista com milhares de faixas que se encaixam no perfil de “artista falso”, e sugeriu que, se o Spotify não está comprando direitos de músicas, está negociando pelo pagamento de royalties menores. “Artistas que não existem estão deliberadamente sendo incluídos em playlists first-party, com milhares de seguidores, às custas de músicas de grandes selos musicais”, afirmou a publicação.
Segundo a empresa, a confusão ocorre pois muitos artistas colocam músicas na plataforma através de pseudônimos, adicionando as faixas com diferentes nomes, por categoria e estilo, sem nomeá-las sob sua “marca” principal. O Spotify alega ter pagado mais de US$ 6 bilhões em royalties paga selos musicais e artistas desde 2006.
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