Amanda Schnaider
1 de junho de 2023 - 19h27
Berços criativos. Não há por que não chamar favelas e periferias assim. Afinal, são nesses espaços que a criatividade pulsa, seja na arte, na música, na gastronomia ou na comunicação.
A falta de oportunidades no emprego formal, somada a essa grande capacidade criativa, faz com que as favelas e periferias sejam ambientes onde o empreendedorismo ganha força. Uma pesquisa da Digital Favela, encomendada pela Data Favela, revela que 41% dos moradores de favelas brasileiras têm um negócio próprio. Para 22% deles essa é a principal fonte de renda.
Foi percebendo esse grande potencial criativo e empreendedor vindo das periferias e favelas que nasceram as agências Silva e Solano Trindade. Cada uma com seu foco, mas ambas, com a missão de destacar os talentos criativos vindos desses espaços.
A mesma pesquisa da Digital Favela revela que 88% da população das favelas confia mais nas indicações de um influenciador da própria comunidade do que em famosos. Esse dado confirma que ter agências de comunicação que conectam talentos vindos da periferia com grandes marcas, é importante não só para as próprias marcas, como para a criatividade de forma geral. Isso porque a diversidade de olhares enriquece os trabalhos criativos.
Nos últimos anos, muitas marcas e anunciantes começaram a perceber os benefícios de se unirem com agências e talentos da periferia, porém esses são apenas os primeiros passos de um longo caminho a ser percorrido.
No quarto episódio da série Criatividade Urbana, Thiago Vinicius, empreendedor social e fundador da Agência Solano Trindade, e Clariza Rosa, cofundadora e líder de novos negócios da Silva, comentam sobre o potencial criativo vindo desses espaços.