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Metaverso, finanças descentralizadas e futuro do planeta

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Opinião

Metaverso, finanças descentralizadas e futuro do planeta

Tendo meu viés voltado para inovação, tecnologia e negócios, alguns grandes temas chamaram minha atenção e me fizeram refletir sobre as tendências de uma sociedade ainda mais conectada


7 de novembro de 2022 - 18h06

Quem passa por um evento como o Web Summit Lisboa, um dos maiores de inovação e tecnologia do mundo, consegue entender um pouco do que eu vou falar; mas, para quem ainda não teve a oportunidade de vivenciar essa amostra do futuro, gostaria de dividir minha experiência e reflexão.

Foram quatro dias imersos em um tsunami de conteúdo e informação. Aconteceu tanta coisa, que, às vezes, era difícil assimilar e escolher o que assistir. A programação contou com aproximadamente 400 talks que abordavam temas diversos, como dados, metaverso, blockchain, criptomoedas, fintechs, design, publicidade, inteligência artificial, games, esportes, política, energia, futuro do planeta e e-commerce, entre outros.

Tendo meu viés voltado para inovação, tecnologia e negócios, alguns grandes temas chamaram minha atenção e me fizeram refletir sobre as tendências de uma sociedade ainda mais conectada. Certamente, metaverso é um tema que está muito forte – e não como ouvimos inicialmente, um mundo virtual que tenta replicar a realidade. Vi um boom sobre o tema dentro de diferentes empresas e startups, especialmente relacionando metaverso à arte, games e finanças. Trago isso com um dos pontos altos do evento.

Dentro do tema de finanças, vi muito forte debates sobre o uso de criptomoedas e a descentralização das finanças (DeFi) – um termo que contempla uma variedade de aplicações e projetos no blockchain. Nesse sentido, chamou minha atenção uma apresentação sobre a primeira criptomoeda criada para estudantes. Por meio de um aplicativo, disponibiliza formas de aprender sobre Web3, educação financeira, além de pagamentos com taxas de transação muito baixas. Também vi o grande número de startups que estavam ali apresentando suas soluções relacionadas ao Open Finance, movimento que já está presente em cerca de 80 países pelo mundo.

Outro grande destaque foi o tema “dados”, presente nas mais diferentes trilhas de conteúdo e constantemente permeando palestras e discussões, fossem nas áreas de Marketing, ESG ou Finanças. Esse tema me atrai porque entendo dados como uma forma potente de viabilizar negócios e fazer com que as empresas sejam mais preditivas. Mas é preciso ir além e falar também do uso dos nossos dados pessoais. Tive a oportunidade de acompanhar a palestra do Tim Berners-Lee, um físico britânico, cientista da computação e professor do MIT, que em 1989 fez a primeira proposta para a criação da web. Depois de 33 anos, ele continua em sua missão de evoluir a internet, seguindo com a startup Solid Project o propósito de refazer o mundo digital e de colocar as pessoas novamente no controle de seus dados pessoais.

Por último, mas não menos importante, também foi possível observar diversos conteúdos acerca do futuro do nosso planeta. Sempre que tenho oportunidade, destaco que não é mais possível pensar inovação de forma separada da sustentabilidade, raciocínio que foi reforçado no evento. Acompanhei muitos talks que traziam questões relacionadas ao meio ambiente, energias renováveis, descarbonização, entre outros. Fico extremamente feliz em ver que um evento desse gênero está discutindo – tanto nas palestras quanto pelos empreendedores e empresas presentes –, soluções para resolver as problemáticas da nossa sociedade.

Um evento desse porte nos mostra a velocidade que o mercado precisa ter para acompanhar tendências, tanto de como entregamos experiências para os consumidores, quanto da forma como conseguimos capturar sua atenção em um mundo cada vez mais rápido e dinâmico. Incrível presenciar um momento de troca tão rica para refletir sobre como será o consumo do futuro.

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