No final do dia é sempre sobre pessoas
O comportamento dos consumidores é que arrasta as (re)evoluções e não o contrário
O comportamento dos consumidores é que arrasta as (re)evoluções e não o contrário
31 de outubro de 2022 - 16h49
Feliz por chegar de novo em Lisboa, neste evento que, nesse momento, é o olho do furacão da comunicação, tecnologia e inovação no mundo. Desembarcar aqui é a oportunidade de ver, ao vivo, o passado, o presente e, principalmente, o futuro. Ouvir de perto no Web Summit 2019, por exemplo, ídolos como Martin Sorrell e Jean-Marie Dru era um sonho e foi, de fato, incrível. Mas a boa surpresa mesmo estava na pluralidade dos temas (que, no início, nos deixa confusos, até mesmo para o que escolher assistir) e nos insights que vieram de pessoas que eu nunca tinha ouvido falar na vida.
Palestrantes desconhecidos (pelo menos para mim), abordando temáticas com um domínio absurdo e olhares de futuro fascinantes, transmitidos com uma quebra de complexidade tão fascinante quanto. Empreendedores do mundo todo nos seus estandes, dispostos a trocar uma ideia, explicar suas crenças e seus produtos a fundo e sem pressa (grandes insights para nossos negócios). Poucos se concentraram nos detalhes técnicos e muitos inspiraram por meio do impacto humano, mostrando por A mais B como seus projetos, empresas ou ideias tentam ajudar/facilitar as pessoas e o mundo.
Growth, Tech, DeepTech, Dev, Health, SaaS e por aí vai. Ufa! São tantas verticais que chegam a assustar. Mas logo percebemos que existe um elo horizontal, um fio condutor e ele é o que mais importa. Quais formas mais simples e aplicáveis de mudar/facilitar a vida das pessoas, das empresas e do mundo? Simples assim.
No final, empresas, moedas novas ou revoluções digitais existem para atender os anseios da sociedade. Gênios como Steve Jobs mudaram completamente os paradigmas do mercado e até mesmo do mundo, mas eles só conseguiram porque as pessoas estavam prontas para receber o próximo passo. O comportamento dos consumidores é que arrasta as (re)evoluções e não o contrário. E no Web Summit se conversa o tempo todo sobre isso.
Nossos olhos brilharão mais e nossos ouvidos estarão ainda mais atentos no Web Summit 22 e desde o primeiro dia. Mas, diferentemente do anterior, chegamos mais tranquilos, porque, hoje, nos conectamos com o evento sabendo que a simplicidade é a resposta que une quase tudo.
E todos esses gigantes com quem iremos nos encontrar (os já consagrados e os que ainda nem sei quem são) olham profundamente o comportamento humano, suas dores e necessidades e constroem suas trajetórias dentro da única coisa que importa: transformar o mundo por meio das pessoas. Estou nessa missão também e acredito demais nela (e, acredito, todos que lá forem!).
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