Para onde o vento sopra no Web Summit 2022

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Opinião

Para onde o vento sopra no Web Summit 2022

Tecnologias e inovações devem ser desenvolvidas e empregadas em benefício das pessoas, buscando resolver problemas reais, urgentes e importantes


3 de novembro de 2022 - 10h41

Por alguns dias o Web Summit transforma Lisboa numa espécie de capital europeia da inovação, criando um clima contagiante por toda parte. A cidade está tomada por uma multidão de diversos países que vêm ao evento em busca de network, conteúdo, investimentos, defesa de causas, inspiração, diversão, entre outras coisas.

Esta é a segunda vez que participo e mais que seguir alguns temas específicos para formar uma opinião sobre o assunto, o que mais me interessa é tentar entender para onde as grandes discussões estão indo, qual o clima do pessoal que está por aqui e quais os possíveis próximos passos e desdobramentos dessas conversas todas. Confesso que a tarefa não é tão simples, uma vez que são tantos temas sendo discutidos ao mesmo tempo, que fica praticamente impossível captar todas as possibilidades. Nesse sentido, conversas com outros participantes têm ajudado bastante.

Após um dia e meio de evento, listo a seguir alguns dos temas que me chamaram a atenção.

O primeiro refere-se ao fato de que tecnologias e inovações devem ser desenvolvidas e empregadas em benefício das pessoas, buscando resolver problemas reais, urgentes e importantes. Isso ficou muito explícito na palestra da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, mas também em algumas outras, como as relacionadas à inteligência artificial, que deve ser usada de maneira mais ampla e democrática para levar, por exemplo, melhores serviços de educação e saúde a áreas desatendidas.

Em uma outra vertente, achei interessantes algumas discussões sobre as perspectivas das startups, considerando-se o momento atual de escassez de financiamentos, guerra, inflação etc. Apesar de tudo isso, há ainda muito espaço a ser conquistado. Tomando-se como exemplo o mercado financeiro, estima-se que apenas 2% dele esteja nas mãos de empresas desse tipo. Ou seja, há evidente oportunidade para fintechs que souberem se posicionar e ocupar seus nichos.

Complementarmente, parece haver uma crença de que as dificuldades e reveses atuais serão importantes para a construção de um ecossistema de negócios mais saudável, forçando empresas a colocarem ordem na casa e passarem a se preocupar com a gestão e sustentabilidade financeira de suas operações.

Por fim, fica cada vez mais claro que empresas e organizações precisam agir de forma transparente e empática com seus clientes, focando-se primariamente não só no seu valor de mercado, mas criação de valor para os clientes. A valorização da empresa será uma decorrência natural disso.

Outros temas que devem ser bastante discutidos nos próximos dias são os relacionados à Web3 e metaverso. Ficarei atento!

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