Web Summit bate recorde de participação
Após versão híbrida, em 2021, evento alcança marca de 2.630 startups e empresas expositoras, além da criação de quatro palcos e uma área especial sobre influenciadores
Após versão híbrida, em 2021, evento alcança marca de 2.630 startups e empresas expositoras, além da criação de quatro palcos e uma área especial sobre influenciadores
Fernando Murad
31 de outubro de 2022 - 6h33
Realizado em Lisboa, Portugal, desde 2016, o Web Summit retorna à Altice Arena, de terça-feira, 1º, a sexta-feira, 4, comprovando que se tornou um dos maiores eventos de tecnologia e o maior encontro de empreendedores do mundo. A edição 2022 esgotou os tickets em tempo recorde e atingiu o maior número de inscrições de startups. Serão mais de 70 mil participantes, 2.630 startups e empresas expositoras, além de 1.120 investidores e 1.040 palestrantes.
As inscrições para o programa de startups se esgotaram quatro semanas antes do evento e atingiram o recorde de 2,3 mil startups de mais de 100 países. Na lista de participantes estão mais de 100 unicórnios.Reino Unido, Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Holanda são os países com mais representantes, sendo que software as a service (saas), inteligência artificial (IA, na sigla em inglês) e machine learning, e-commerce, fintech e marketing são as principais áreas representadas.
Segundo Artur Pereira, vice-presidente e country manager do Web Summit, em pouco mais de uma década, o evento tornou-se um dos maiores de tecnologia e empreendedorismo, conectando a próxima geração de pessoas com ideias que estão mudando o mundo. “O Web Summit tem contribuído para elevar o perfil de Portugal como hub tecnológico internacional. Quando decidimos vir para Lisboa, muitas pessoas questionaram essa decisão e tivemos muitas empresas a perguntar o porquê de Lisboa. Agora, já ninguém pensa assim. Lisboa é uma cidade muito acolhedora para os negócios, com ótimas condições tanto para startups como para empresas estabelecidas”, afirma Artur.
O impacto a longo prazo do Web Summit, segundo o country manager, também pode ser visto pela decisão de empresas como Mercedes, BMW, Google, Cisco, Revolut, Nokia, Uber, Zalando e Pipedrive que, recentemente, abriram escritórios em Portugal, demonstrando o apelo que o país tem junto dos negócios internacionais.
Nesta edição, a programação do Web Summit terá quatro novos palcos. Crypto se concentrará no futuro das criptomoedas, Web3 como a próxima grande evolução da Internet, a mudança global para DeFi (conjunto de serviços e produtos financeiros que rodam em uma blockchain) e o que o metaverso significa para o futuro dos games e da realidade virtual. Book Summit terá pensadores, escritores e acadêmicos debatendo o universo da ficção, mercado editorial, crítica literária e nova não-ficção. Já Verified olhará para a economia do criador, unindo influenciadores e empreendedores digitais para discutir o negócio da criação online, e Security Summit se concentrará em regulamentação e compliance, dados e segurança online, Web3, metaverso e a guerra cibernética global. Por fim, o evento Influence, em parceria com a Influencer.com, reunirá criadores de conteúdo para falar sobre maximização das plataformas de mídia social.
Já pelos palcos tradicionais do evento passarão palestrantes como o denunciante do Uber, Mark MacGann. Ele conversará com o chefe de investigações do The Guardian, Paul Lewis. Ele será entrevistado ao vivo pela primeira vez desde que acusou o Uber. Marl acusou a empresa de enganar as pessoas sobre as vantagens da economia gig e de desafiar conscientemente as leis em dezenas de países.
Influenciadores que impulsionam a creators economy se juntarão à CEO da OnlyFans, Amrapali Gan, para discutir a melhor forma para monetizar seu próprio conteúdo. Entre os nomes estarão Lottie Moss, Michelle Phan, Michael Le, Hyram Yaboro, Brad Mondo, Daniel Markham e Reid Hailey,
A cofundadora da Tezos, Kathleen Brightman, o cofundador da Binance, He Yi, e a CEO da Yuga Labs, Nicole Muniz, debaterão o mercado de criptomoedas. CEOs de alguns dos maiores fornecedores de energia falarão sobre a sua transição energética e como será o mercado energético nos próximos anos. Entre eles estarão OVO, GALP e EDP. Também participará do debate a ativista e consultora da Nações Unidas, Sophia Kianni. Além disso, mais de 200 startups de impacto que estão usando tecnologia para lidar com as mudanças climáticas apresentarão suas soluções.
Compartilhe
Veja também
A hora e a vez do propósito
Me chamou bastante atenção o quanto os investidores têm focado em pautas e agendas ESG de modo geral
Vale a pena ir para Portugal?
Meu Pós-Web Summit foi recheado de visitas e encontros importantíssimos para alavancar a ideia de sairmos do PowerPoint e partirmos para a prática.