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5 coisas que aprendi com os livros de ficção

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Opinião

5 coisas que aprendi com os livros de ficção

Aprendizados que eu levo para a minha carreira e meu trabalho como planner


7 de agosto de 2024 - 6h40

(Crédito: Shutterstock)

Gosto de ler livros de ficção. Já até falei de alguns nesta coluna. É claro que os mais técnicos e teóricos da nossa área são muito importantes também, mas acho que a ficção tem muita coisa a nos ensinar, além de divertir. Por isso, decidi fazer uma lista de coisas que os livros de ficção me ensinaram e que me ajudam inclusive no meu trabalho. 

1. Uma boa pesquisa de mercado é essencial 

O mundo está repleto de pessoas diferentes, com interesses muito diversos. Os autores mais bem-sucedidos sabem disso muito bem. Eles entendem exatamente o que seu público espera deles e entregam o que as pessoas querem ler. 

Ao planejar uma estratégia, é óbvio que precisamos estar alinhadas com as expectativas do público. Por isso, uma pesquisa de mercado eficiente é fundamental, bem como o acompanhamento dos resultados. 

Muitas vezes, a gente tem vontade de agir com base no achismo e criar uma ação baseada na nossa bolha. Só que, na maioria dos casos, isso é uma péssima ideia e, quanto mais bem fundamentado for um planejamento, melhores serão os resultados no fim das contas. 

2. Surpreender e cativar o público é fundamental 

Já perdi as contas de quantas vezes li um livro que me fez de boba e entregou um plot twist de cair o queixo. Às vezes, ele vem na última página, quando a gente menos espera! Adoro ser surpreendida pelos autores e acho que os consumidores também gostam quando uma marca se preocupa em surpreendê-los, supera todas as suas expectativas e entrega um produto ou serviço incrível. 

Por isso, quando estou planejando a estratégia para algum novo projeto, sempre me preocupo em cativar e surpreender, em trazer algo realmente novo, que as pessoas vão comentar por bastante tempo, assim como o final daquele livro surpreendente. Essa inovação tem pautado todo o meu modo de trabalhar nos últimos tempos, e os resultados têm aparecido. 

3. Às vezes as fórmulas dão certo – outras vezes, não 

Alguns autores de ficção são conhecidos por escrever seguindo formulazinhas. Em certos casos, isso funciona muito bem: os leitores já sabem que tipo de história esperar e abraçam o estilo do autor. O mesmo se dá ao planejar a estratégia de uma marca. Há marcas que já têm uma carinha própria, uma identidade única, e usam uma fórmula que não tem erro em suas abordagens. 

Porém, há momentos em que as fórmulas caem bem, e momentos em que elas não são bem-vindas, e é preciso saber discernir para que sua estratégia não fique engessada e pouco eficiente. Os melhores autores sabem dosar bem quando as fórmulas devem ser utilizadas e quando é hora de subvertê-las para surpreender os leitores – e as marcas mais bem-sucedidas também. 

4. Fidelização é essencial para o sucesso 

Autores que já conquistaram um público cativo sabem que a fidelização é essencial para que seus livros continuem vendendo. Eles têm noção de que têm um grupo de leitores fiéis, que lerão até mesmo a lista de compras deles, e exploram isso muito bem. 

As marcas precisam fazer isso também, se quiserem se manter relevantes. Afinal, não basta criar algo bacana uma vez, atrair um público muito grande, mas não saber como reter esses consumidores. Ao fazerem isso, acabam tendo que gastar muito mais com a aquisição de novos clientes, e isso impacta diretamente na sua lucratividade. 

Por isso, o melhor caminho é fazer exatamente como os autores de best-sellers fazem há tempos: investir na atração de novos clientes, é claro, mas elaborar estratégias para mantê-los leais à marca por muito tempo. 

5. A criatividade ainda é uma enorme vantagem competitiva 

Falamos de fórmulas e afins, mas não tem jeito: ser criativo ainda é uma grande vantagem competitiva – tanto para autores de livros, quanto para marcas. Para mim, a criatividade é um fator muito importante para o sucesso de uma estratégia, seja para o lançamento de um novo produto, seja para uma campanha específica de divulgação. 

Isso tem a ver com a coisa de surpreender o público da qual falei lá atrás, mas não é só isso: na verdade, eu considero a criatividade como uma espécie de “estado de espírito” que a gente pode aprender a cultivar. Inclusive, tem vários livros que também podem ajudar — um dia falo deles aqui. 

Há milhões de outros motivos para não ler apenas livros da nossa área, mas também obras ficcionais. Mas essas 5 coisas que eu aprendi me mostraram que, para além do entretenimento, as obras de ficção têm muito a agregar em nossa formação como planners e em outras funções criativas também. 

E você? Tem alguma coisa que aprendeu nos livros e levou para a vida?  

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