Apenas 8% de profissionais acessam programas corporativos de saúde feminina
Ações de bem-estar e saúde para as mulheres têm alta adesão dos profissionais, mas ainda são pouco promovidas pelas empresas
Apenas 8% de profissionais acessam programas corporativos de saúde feminina
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Meio & Mensagem
16 de janeiro de 2025 - 9h00
O estudo conduzido pela Wellhub, chamado “Panorama do Bem-Estar Corporativo 2025″, com cinco mil participantes, oferece uma visão abrangente sobre a saúde e o bem-estar no ambiente corporativo durante o ano que passou, com um recorte específico que destaca a perspectiva feminina. Embora a maioria dos participantes avalie seu bem-estar como positivo, o levantamento expõe lacunas significativas, especialmente no que diz respeito às iniciativas voltadas para as mulheres, como o acesso limitado a programas de saúde feminina e apoio ao cuidado infantil.
Apesar de 63% afirmarem que seu bem-estar está “bom” ou “ótimo”, outros dados revelam uma situação contrária: 54% afirmam estar em boa forma física, 40% dos participantes disseram que sua dieta é saudável ou extremamente saudável, 71% dos profissionais relatam que dormem menos do que sete horas por noite e 47% alega sofrer de estresse do trabalho.
As ações que visam as mulheres, como apoio ao cuidado infantil, programas para a saúde e reprodução feminina, só são acessíveis para 8% dos colaboradores brasileiros. Entretanto, os dados da pesquisa demonstram que quando possuem acesso, tais ações possuem alta adesão. Auxílio com cuidados infantis, por exemplo, tem taxa de utilização de 72%. Já o apoio à saúde da mulher e à reprodução, diretamente voltados para colaboradores que querem ter filhos e pessoas que se identificam como mulheres, quando oferecido, têm engajamento de 67%.
De acordo com a pesquisa, as dificuldades financeiras impedem que 59% das pessoas invistam mais em saúde, por isso, esperam maior apoio das empresas. Ainda segundo o estudo, quatro em cada cinco participantes consideram o bem-estar tão importante quanto o salário e apenas se candidataria a vagas em empresas que claramente valorizem seu bem-estar.
Apesar de apenas 12% das empresas fornecerem um programa de bem-estar para os colaboradores, a pesquisa mostra que quando têm acesso, 79% usam o programa. São ações que incluem acordos de trabalho flexíveis, terapia ou aconselhamento, suporte nutricional e programas para atividades físicas, por exemplo.
A pesquisa também destaca que colaboradores de empresas que oferecem um programa de bem-estar e saúde relatam melhores índices de bem-estar físico e mental. 63% dos profissionais que têm um programa de bem-estar, por exemplo, dizem estar bem mentalmente, contra apenas 48% dos que não têm. 60% das pessoas que têm um programa de bem-estar estão bem fisicamente, ultrapassando os 45% de colaboradores que não têm.
Além disso, eles também relatam se alimentar melhor, afirmam estar em boa forma física e dormem melhor. De modo geral, 77% dos colaboradores cujas empresas oferecem programas de bem-estar estão satisfeitos com o trabalho, contra 49% dos que atuam em empresas que não oferecem este tipo de benefício.
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