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Autenticidade é a chave da economia criativa

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Opinião

Autenticidade é a chave da economia criativa

Por que esse movimento já deixou de ser apenas uma tendência e se consolidou como um dos principais motores do crescimento global


12 de novembro de 2024 - 11h39

(Crédito: Shutterstock)

A economia criativa já deixou de ser apenas uma tendência e se consolidou como um dos principais motores do crescimento global. De acordo com a Goldman Sachs Research, o setor movimenta atualmente 250 bilhões de dólares (1,25 trilhões de reais), e deve alcançar 480 bilhões de dólares (2,4 trilhões de reais) até 2027. Para além dos números, esse mercado pulsa em sintonia com as transformações culturais e tecnológicas que moldam o comportamento de consumo de milhões de pessoas. 

No Brasil, a força desse movimento é inquestionável, já que dados do relatório “Macrotendências da Creator Economy”, realizado pela Youpix, indicam a existência de 20 milhões de criadores de conteúdo, parte dos 300 milhões espalhados pelo mundo. Em 2023, cerca de 80 milhões de brasileiros realizaram compras online, segundo o Nic.br, refletindo a relação intrínseca entre a criação de conteúdo e o consumo digital. 

Já de acordo com um levantamento realizado pelo IAB Brasil, entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver a publicidade digital no Brasil, em parceria com a Offerwise, 80% dos entrevistados adquiriram produtos recomendados por criadores de conteúdo, tanto no varejo online quanto no físico.  

Além disso, 60% dos brasileiros conectados consomem diariamente conteúdo de influenciadores, com destaque para a geração Z, da qual 74% afirmam seguir as recomendações desses profissionais. O impacto é ainda mais evidente nas redes sociais, sendo o Instagram a plataforma preferida para acompanhar essas sugestões, seguido por YouTube e TikTok.  

Neste mar de informações e influenciadores, a atenção do público não é conquistada apenas com volume ou frequência; o verdadeiro diferencial está na autenticidade. A era da performance fabricada, onde o conteúdo era moldado para caber em formatos rígidos, está perdendo força. As vozes que mais ressoam são aquelas que mantêm uma conexão genuína com suas comunidades e, por isso, está mais do que na hora das marcas pararem de tentar falar para as pessoas e começarem a falar com elas.  

A parceria com creators evoluiu de uma simples transação comercial para um processo de criação em conjunto, onde ambas as partes se influenciam e aprendem juntas. O foco não está no tamanho da audiência, mas na profundidade da conexão. Neste sentido, a cocriação vai além de uma simples palavra da moda, tornando-se a chave para desbloquear o verdadeiro potencial das colaborações.  

É sobre permitir que o creator tenha espaço para moldar a narrativa, preservando sua autenticidade e entregando um conteúdo que faça sentido para sua audiência. Marcas e criadores que entendem essa dinâmica colaborativa transformam campanhas em diálogos, e diálogos em impactos duradouros. 

Vivemos uma época em que os consumidores esperam transparência, pluralidade e, acima de tudo, verdade. Nesse cenário, tanto marcas quanto criadores precisam abraçar a autenticidade como seu maior ativo.

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