De seguidores a consumidores
Como as comunidades engajadas, que se sentem representadas e ouvidas, vêm transformando as vendas na internet
Como as comunidades engajadas, que se sentem representadas e ouvidas, vêm transformando as vendas na internet
14 de agosto de 2024 - 16h12
A criação de comunidades na internet, seja em torno de temas como times, bandas, games e personalidades, com objetivo de ser uma fonte valiosa de insights e ideias para desenvolvimento de produtos e serviços, não é algo novo, mas vem ganhando um protagonismo importante nos últimos tempos. Isso vem acontecendo porque as comunidades engajadas, que se sentem representadas e ouvidas, vêm transformando as vendas na internet por meio do social commerce, que é, basicamente, a conversão por meio das redes sociais explorando cupons e links parametrizados.
Segundo um estudo do Hootsuite, 51,3% dos compradores brasileiros devem usar o social commerce para fazer algum tipo de aquisição ao longo de 2024. Além disso, de acordo com outra pesquisa da empresa, 75% dos clientes compram produtos que visualizam em redes sociais como Instagram e TikTok. O levantamento ainda aponta que 59% das pessoas que estão nas redes sociais já fizeram alguma compra pela plataforma. E o Brasil é protagonista quando o assunto é compra pela internet.
Além disso, a criação de relacionamentos a partir de conteúdos com foco em entretenimento é o que vem ditando o algoritmo de redes sociais como o Instagram, por exemplo. E muitas vezes o que importa é a capacidade que esse conteúdo tem de entreter as pessoas a ponto de sentirem um desejo incontrolável de falar sobre ele para os outros e, então, compartilhá-lo.
Quando conseguimos fazer uma estratégia combinada entre esse tipo de conteúdo, orgânico e autêntico, com o uso de cupons ou links parametrizados, a venda acontece de forma mágica. No entanto, nada disso é possível sem uma comunidade forte e estruturada, que acompanha a marca de conteúdo ou o criador com as experiências de uso de determinados produtos e serviços, explorando os benefícios e malefícios para conhecimento de todos.
Por isso, canais fechados em ferramentas como Telegram, canais de transmissão do Whatsapp e do Instagram, onde é possível trazer conteúdos direcionados, compartilháveis, promoções e fazer call to actions mais direcionados, funcionam tão bem para o fundo de funil. Ali, também é possível colocar enquetes, opções de produtos e, como ainda não existem métricas bem estruturadas, a recorrência e a volumetria são coisas que ainda estão sendo estudadas e permitem muitos testes.
Essas aplicações ajudam a conhecer melhor a comunidade e, como falamos no início, é essencial para colher insights valiosos para aprimorar desde a produção de conteúdo própria e entender onde a audiência prefere que estejam os links e cupons, até compreender os tipos de produto e ticket médio que a comunidade busca. Além de possibilitar a colheita direta de feedback sobre esses produtos e serviços oferecidos.
Outro ponto importante é a personalização da comunicação. Adaptar as mensagens para o público-alvo de cada comunidade em cada plataforma é fundamental. Utilizar linguagem apropriada, referências relevantes e responder prontamente às interações dos membros da comunidade são práticas que fortalecem o engajamento e a confiança.
Um exemplo são as comunidades do Desimpedidos, que em poucos meses alavancou em vendas no social commerce da Centauro, com uso de uma estratégia combinada entre enquetes, cupons específicos, curadoria de produtos e linguagem própria dentro das suas diversas comunidades. A ação também associou uma rotina de inserção de cupons em seus conteúdos fora da comunidade. A união de uma base de fãs forte; testes com diferentes cupons; interação com a audiência; e testar diferentes formatos dentro e fora da comunidade já resultou no alcance de quase seis dígitos de conversão em um mês.
Para marcas que constroem suas próprias comunidades, investir em parcerias com influenciadores desses grupos pode amplificar ainda mais o alcance e a credibilidade. Os influenciadores não apenas trazem sua própria base de seguidores, mas também adicionam uma camada de autenticidade à comunicação, aumentando a probabilidade de conversão.
Por fim, é importante monitorar e analisar constantemente os resultados das campanhas e interações nas comunidades. Ferramentas de análise de dados e métricas específicas para social commerce, como taxa de cliques, conversão, tíquete médio, variação de cupons por conteúdo, entre outras possibilidades, podem oferecer insights detalhados sobre o comportamento do consumidor, permitindo ajustes rápidos e eficazes nas estratégias de marketing com a comunidade.
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