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Opinião

Do caos à escala

Quem souber inovar, agir com estratégia e compreender o real impacto da influência digital estará na vanguarda


14 de fevereiro de 2025 - 8h55

Ao entrarmos em 2025, a questão não é mais se o marketing de influência funciona, mas como destravar sua próxima evolução.

Em 2024, o marketing de influência impulsionou as redes sociais a se tornarem o maior canal de publicidade do mundo, superando a busca paga com impressionantes US$ 247,3 bilhões, com projeção de alcançar US$ 266,92 bilhões até o final de 2025. Isso consolida a influência dos creators como o epicentro da comunicação e do engajamento do consumidor.

Se há alguns anos a regra era “go big or go home”, hoje a tendência é “go niche or go unnoticed”. O consumidor quer autenticidade e confia mais em criadores menores, que falam a sua língua e compartilham seus valores.

(Creator Bruno Malzoni, focado no nicho de confeitarias, em campanha para maquininha Ton da Stone)

O desafio dos micro e nano criadores

O crescimento da creator eeconomy é inegável. Segundo o Influencer Marketing Hub, o setor movimentou mais de US$ 21 bilhões em 2023 e continua em expansão. No Brasil, existem mais de 20 milhões de criadores de conteúdo, mas apenas 1% deles tem mais de 100 mil seguidores. Isso significa que a força do mercado está nos 99% restantes, os micro e nano criadores que dominam nichos específicos e criam conexões profundas com suas comunidades.

E os números não mentem:

– Criadores de nicho geram até 60% mais engajamento que perfis grandes;
– Conteúdos desses criadores têm alcance 230% maior nos algoritmos;
– Seus seguidores são 22% mais propensos a compras recorrentes.

No entanto, marcas e agências ainda enfrentam dificuldades para encontrar, contratar e mensurar resultados com esses criadores. Falta de padronização, fragmentação de dados e desafios operacionais são alguns dos entraves que impedem muitas empresas de escalarem campanhas com esse perfil de influenciador.

Tecnologia como a chave para destravar o potencial dos nichos

Para as marcas, isso significa que o segredo não está apenas em encontrar os melhores creators, mas sim em usar tecnologia para escalar esse processo, garantir previsibilidade e otimizar o retorno sobre investimento.

Com plataformas especializadas, marcas podem automatizar processos, reduzir a complexidade operacional e maximizar resultados. Algumas das inovações que estão revolucionando o setor incluem:

Busca inteligente – Ferramentas avançadas analisam milhões de criadores, filtrando por nicho, engajamento e afinidade de marca;

Dados em tempo real – Dashboards permitem mensurar métricas precisas, identificando o real impacto de cada criador;

– Inteligência artificial – IA pode prever qual creator gera mais conversão, otimizar campanhas e até sugerir briefings personalizados;

Pagamentos seguros e escaláveis – Sistemas automatizados garantem pagamentos globais e transparência financeira para todas as partes;

Plataformas como a Creators Platform integram todas essas soluções, permitindo que marcas trabalhem com centenas de micro criadores de forma eficiente.

Com o AliExpress, por exemplo, uma campanha que organizamos com nano creators impulsionou mais de 200 mil cliques e impactou 80 milhões de pessoas, algo que seria inviável sem uma ferramenta que estruturasse a operação.

(Creator Leticia Jordão, que fala sobre tecnolgia e o mundo gamer, em campanha de achadinhos para o AliExpress)

Diversidade e inovação caminham juntas

A transformação do marketing de influência não pode acontecer sem diversidade e representatividade. O público quer se ver representado e confia mais em criadores que compartilham suas vivências.

Nesse cenário, receber o Prêmio Caboré 2024 na categoria Profissional de Inovação reforça a necessidade de espaços mais diversos no mercado de tecnologia e influência. Esse marco abre caminho para que mais pessoas e criadores negros ocupem posições de destaque.

Os desafios para 2025 já estão bem desenhados. O público, cada vez mais exigente, cobra autenticidade e relevância dos criadores de conteúdo, e as empresas buscam conversão, engajamento e um retorno tangível sobre os investimentos em influência.

O desafio agora é equilibrar tecnologia e criatividade para construir estratégias mais eficientes. Quem souber inovar, agir com estratégia e compreender o real impacto da influência digital estará na vanguarda desse novo cenário.

O marketing de influência não está mais no caos. Com tecnologia e inovação, ele finalmente pode escalar e incluir a todos.

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