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Do mar sereno à velocidade das pistas: um ano sem freios

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Opinião

Do mar sereno à velocidade das pistas: um ano sem freios

Enquanto olhamos para trás e refletimos sobre esse ano acelerado, talvez seja hora de ajustar a estratégia para o próximo "circuito"


20 de dezembro de 2024 - 17h41

(Crédito: Phillipe Blower)

Comecei 2024 pulando sete ondas em Salvador. A sensação era de serenidade e renovação. Um novo ano, promessas de equilíbrio e foco. Mas, como um carro de corrida cruzando o grid de largada, os meses aceleraram em uma velocidade impressionante — e, agora, nos damos conta de que já estamos na reta final.

A experiência do último fim de semana em Interlagos, com o encerramento da temporada da Stock Car, serve como uma poderosa metáfora. Assim como os pilotos precisaram de concentração, reflexos rápidos e ajustes precisos para cada curva e reta, nós também guiamos em um ano cheio de desafios, decisões estratégicas e metas a serem conquistadas.

Tivemos uma série de eventos como o Vem de Vibra; lançamentos de produtos como o diesel Grid e o diesel Vibra Agritop; apresentamos os meus filhos Lu e Brás, os calangos dos postos Petrobras; ampliamos a fábrica de lubrificantes, entre tantas outras coisas. Demos um gás na nossa estratégia focando em regionalização, investimos pesado para comunicar as nossas marcas em diversos cantos desse País – teve influenciador, Copa do Brasil, sertanejo, motor e bike de norte a sul, com resultados de engajamento para lá de expressivos.

Eu ainda voei por esse Brasil para visitar os revendedores e fui a Paris ver de perto a Olimpíada deste ano. Tive de aprender a ser mãe de artista com filha cantora e atriz, morri de orgulho com a mais velha ganhando medalha em competição de matemática e fico grata de pelo marido compreensivo nesse casamento de ponte aérea. Uau, foram muitas experiências em tão pouco tempo. Eu pisquei e acabou o ano.

Mas por que a sensação de que tudo passa tão rápido? Afinal, todos estamos sujeitos às mesmas 24 horas diárias. Essa percepção de tempo acelerado não é apenas uma impressão. Li há poucos dias, em uma matéria, que pesquisadores têm se dedicado a entender esse fenômeno. Adrian Bejan, engenheiro mecânico da Universidade Duke, aponta que, à medida que envelhecemos, nosso poder de processamento cerebral diminui. O resultado? A sensação de que os dias, semanas e meses estão voando.

Além disso, nosso estilo de vida contemporâneo e acelerado colabora para essa percepção. Estamos cada vez mais conectados, com agendas lotadas e estímulos constantes. É muito pratinho para equilibrar na vida pessoal e profissional. Temos de ser mãe, amiga, esposa e executiva. E é aí que a busca por produtividade máxima, somada à pressão por resultados, transforma nossa vida em um verdadeiro grande prêmio, quando o descanso é um pit stop raro e muitas vezes negligenciado.

Bem, meus amigos, esse ritmo frenético, embora impulsione resultados de curto prazo, pode cobrar seu preço. A saúde mental exige atenção e equilíbrio. Por isso, enquanto olhamos para trás e refletimos sobre esse ano em alta velocidade, talvez seja hora de ajustar a estratégia para o próximo “circuito”. Assim como os pilotos sabem a importância de gerenciar recursos, como os pushs da Stock, e ganhar aquela velocidade extra para a ultrapassagem, nós também precisamos encontrar um ritmo sustentável para nossas vidas e carreiras.

Além disso, é crucial celebrar pequenas vitórias ao longo do campeonato. Esses momentos de alegria e reconhecimento nos ajudam a manter a motivação e a perspectiva correta, lembrando-nos de que cada pequeno passo é importante para atingir grandes metas.

Que em 2025 possamos iniciar a jornada com a mesma serenidade das ondas de Salvador e a mesma determinação dos pilotos da Stock Car. Que a busca por resultados esteja sempre acompanhada do cuidado com o bem-estar e a qualidade de vida.

Porque, no fim das contas, tão importante quanto a velocidade é a sabedoria de saber quando devemos acelerar e quando é hora de frear.

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