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Estudo da KPMG aponta que 81% das mulheres já sofreram assédio

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Women to Watch

Estudo da KPMG aponta que 81% das mulheres já sofreram assédio

Mapa do Assédio no Brasil analisou mais de 1000 entrevistas em todos os Estados do país

e Marina Vergueiro
25 de maio de 2023 - 14h32

(Crédito: Salim Hanzaz/Shutterstock/shutterstock)

Em setembro de 2022 foi promulgada a Lei 14.457/22, que instituiu o Programa + Mulheres, que tem como objetivo incentivar o aumento da contratação e a permanência de mulheres no mercado de trabalho, oferecendo apoio ao retorno ao trabalho após a licença-maternidade e enfatizando a importância de combater o assédio e todas as formas de violência no ambiente laboral. A lei exige que empresas com mais de 20 funcionários incluam nas normas internas regras de conduta a respeito de assédio sexual e outras formas de violência. Também é exigido a implantação de canais de denúncia que garantam o anonimato e a investigação e acompanhamento dos casos. 

Com o objetivo de entender a extensão do assédio contra mulheres no Brasil, a consultoria KPMG promoveu um estudo com mais de mil participantes de todos os Estados do país. A investigação foi realizada entre 29 de dezembro de 2022 e 30 de janeiro de 2023 e estabeleceu cinco tipos de assédio: moral e psicológico, sexual, virtual, discriminação e retaliação. 81,47% das respondentes dizem que já algum tipo de assédio. 

Segundo a Controladoria Geral da União, assédio “pode ser configurado como condutas abusivas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa”. Entre as pessoas que participaram do estudo, 41,68% citaram assédio moral ou psicológico e 26,02% assédio sexual. 

O Sudeste do país é a região em que mais ocorreram assédios chegando a um percentual de 76,59%, seguido da região Sul com 9,50%, Nordeste com 5,95%, Centro-Oeste com 5,64% e Norte com 2,29%. O Estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos com 56,53%, seguido pelo Rio de Janeiro com 11,08% e Minas Gerais com 8,25%. 

O estudo Mapa do Assédio do Brasil ainda indicou que 33,14% das entrevistadas dizem ter sofrido assédio no ambiente de trabalho, seguido pelo transporte público com 10,98%, do ambiente familiar com 9,48% e de instituições de ensino com 7,63%. No entanto, apenas uma em cada cinco mulheres optou por fazer uma denúncia. 

A conclusão é que a maior parte dos casos de assédio são de cunho psicológico ou moral e acontecem no ambiente de trabalho e as ocorrências predominam no Sudeste do Brasil, alertando empresas de que é necessário tomar medidas para coibir e punir o assédio, bem como criar ferramentas para que mulheres se sintam seguras para efetuar a denúncia. 

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