Eu não teria chegado até aqui sem o trabalho remoto
A balança que equilibra jornada de trabalho e vida pessoal está cada vez mais importante
Eu não teria chegado até aqui sem o trabalho remoto
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4 de dezembro de 2024 - 9h38
Home office e salários que podem chegar aos R$ 20 mil. Esse é o retrato de um dos profissionais mais cobiçados atualmente: os especialistas em inteligência artificial. A flexibilidade, especialmente geográfica, tem sido um artifício das empresas para preencher esses cargos, uma das tarefas mais desafiadoras das organizações de tecnologia nos últimos anos. Apesar das remunerações atrativas, ainda faltam pessoas habilitadas.
Nessa equação, vejo discussões sobre jornada de trabalho e sua importância no equilíbrio entre vida pessoal e profissional ganhando cada vez mais importância. E toda essa atenção se renova a cada oportunidade. Quando, por exemplo, empresas como a Amazon Web Service (AWS) fazem um movimento de volta massiva ao trabalho presencial. Como aconteceu recentemente, a organização anunciou a retomada do presencial durante os cinco dias da semana. E o CEO Matt Garman reforçou a dispensa para aqueles que não quisessem voltar ao presencial, e ainda compartilhou a ideia de que não acha possível inovar quando as pessoas não estão cara a cara.
Isso causa estranhamento. Especialmente no mercado de tecnologia, em que home office já está consolidado há anos. E está cada vez mais vivo, como mostra a Pesquisa Salarial de Programadores Brasileiros, que mapeou que 65,7% desses profissionais atuam remotamente.
Aqui na Rocketseat, trabalhamos em regime remoto desde a fundação, em 2019. É um posicionamento que faz parte da cultura e do histórico da empresa. Hoje, somos 73 pessoas adaptadas a essa cultura de time e acreditamos que é um caminho sem volta.
Um estudo da University of South Australia indicou que trabalhar em casa nos torna mais felizes. Otimizar o tempo de deslocamento e poder converter esse período em atividades e cuidados pessoais traz impactos significativos na saúde mental dos trabalhadores.
Encontrar o equilíbrio entre produtividade, vida profissional e pessoal deveria ser uma prioridade para qualquer profissional. Na minha vida, o home office sempre foi um fator fundamental, que se tornou ainda mais determinante a partir da chegada da minha maior realização: minha filha. Desde que me tornei mãe, foi a rotina de trabalho remoto que me permitiu fazer uma transição de carreira e estudar para ser programadora, enquanto trabalhava e era mãe.
Como CEO, é o remoto que me permite atuar nesta posição, mas também dar tempo de qualidade à minha filha, vê-la crescer e poder estar presente em momentos determinantes da melhor fase da vida dela. E da minha também.
Viver tudo isso com ela nunca diminui minha produtividade, pelo contrário. Tê-la por perto e conseguir participar do seu dia a dia é um combustível para o meu. Traz a leveza aos meus dias cheios de reuniões, códigos, telas e números. E eu, assim como tantas pessoas e mulheres, sei como isso faz e fará diferença na vida dela.
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