Valeria Contado
22 de março de 2023 - 10h41
O etarismo e as lideranças femininas +50 foram tema das profissionais no palco do Woman To Watch (Crédito: Eduardo Lopes / Imagem Paulista)
O palco do Woman To Watch recebeu nesta terça-feira, 21, as executivas Beatriz Galloni, CMO do Banco Safra; Fabia Juliaz, CEO da MarketData e chief data & knowledge officer da VMLY&R, e Valeria Soska, diretora comercial da Globo, para falar sobre lideranças femininas e a experiência de profissionais com mais de 50 anos de idade. O painel “Liderança feminina 50+: afirmação e visibilidade” foi moderado por Cris Camargo, CEO do IAB Brasil.
Durante os pouco mais de 30 minutos que as profissionais estiveram com a palavra, temas e dores femininas do mercado de trabalho foram levantadas. Um exemplo foi o debate sobre a intenção de aprendizado e capacidade de mudanças, tendo em vista um cenário em que os movimentos tecnológicos estão mais intensos e constantes.
Beatriz Galloni, CMO do Banco Safra, contou sobre sua mudança de área de atuação, quando começou a trabalhar na área financeira há pouco mais de cinco anos, já no auge da carreira. A executiva contou que, até hoje, acorda todos os dias mais cedo para estudar os movimentos do mercado financeiro. “Se eu quero continuar agregando valor, eu tenho que evoluir”, disse.
Para as palestrantes um tópico importante do debate foi sobre como lidar e ressignificar o processo de aprendizado, que deve ser algo constante e logenvo, e não uma skill.
Embora as profissionais com mais de 50 anos tenham essa visão de constante aprendizado aplicada à longevidade de suas carreiras, o contraponto está justamente na conexão com profissionais mais jovens.
A intuição e bagagem adquiridas ao longo do tempo ajudam na tomada de decisão e conexão com uma visão de futuro. “Nada melhor do que ter alguém no time que já passou por determinadas situações para juntar com alguém que está começando com o objetivo de compor o resultado”, avalia Valeria Soska, da Globo.
Por fim, as executivas levantaram a temática sobre o tabu de se falar sobre a menopausa, situação que afeta boa parte das mulheres após os 50 anos. É um tema ainda pouco debatido e de extrema importância para ser tratado no ambiente corporativo, já que ele traz diversas mudanças no corpo e na mente das mulheres.
Segundo elas, a nova geração de profissionais, que estão lidando com a menopausa, já tem uma ideia do caminho a seguir. “Na minha geração éramos resilientes, resolvíamos coisas. Agora temos a possibilidade de fazer isso sem endurecer. Isso é um tendência”, afirmou Fabia Juliaz, da VMLY&R.