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Fernanda Torres: a força da cultura e da ancestralidade

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Blog da Regina

Fernanda Torres: a força da cultura e da ancestralidade

O poder das boas narrativas nunca foi tão necessário, e “Ainda estou aqui” é a prova viva dele


6 de janeiro de 2025 - 10h45

Fernanda Torres em discurso vencedor no Globo de Ouro 2025 (Crédito: Reprodução)

Muito se falará nesta segunda-feira e, ao longo dos próximos dias, sobre a histórica vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro. Mas, do meu ponto de vista, o grande mérito do filme “Ainda estou aqui” é poder conversar com meus dois filhos (de 12 e 15 anos) sobre um dos momentos mais sombrios da história recente do nosso país.

Levei ambos para assistir ao filme e, desde então, a torcida por Fernanda Torres se tornou uma tônica deles, muito mais que minha, com direito a estatísticas, comparações, piadas e muito conteúdo sobre o assunto do TikTok. De quebra, ambos ficaram bastante interessados nos livros do Marcelo Rubens Paiva e em outras obras e filmes que contam de formas diversas a nossa história.

Mas, como mãe, acordar hoje com a notícia (estou ainda em férias, e com o fuso 3 horas à frente do Brasil) da Fernanda Torres e ver a homenagem que ela fez à sua mãe, Fernanda Montenegro, no discurso é daqueles momentos memoráveis do ano e do cinema brasileiro. Que força bruta e que poder a arte e a cultura têm de produzir duas gerações de atrizes tão talentosas que representam tão bem nosso país, e ambas protagonistas de momentos tão importantes da nossa combalida trajetória cultural.

A performance de Torres como Eunice Paiva a coloca novamente num lugar histórico, sendo a primeira brasileira a ganhar o prêmio. Mas não foi a primeira vez que ela fez história… Em 1986, Fernanda, aos 20 anos, também conquistou um prêmio inédito para o Brasil. Ela foi a primeira artista a ganhar a Palma de Ouro, prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, por sua atuação em “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Arnaldo Jabor.

Que essa vitória desperte o interesse das novas gerações pela nossa história, pela nossa cultura e pela nossa arte. O poder das boas narrativas nunca foi tão necessário e “Ainda estou aqui” é a prova viva dele.

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