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Mulheres são mais afetadas por estresse, depressão e ansiedade

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Mulheres são mais afetadas por estresse, depressão e ansiedade

Estudo da Vittude revela que 33% dos colaboradores brasileiros apresentam algum tipo de transtorno mental em nível severo 


25 de outubro de 2023 - 10h48

De acordo com a pesquisa intitulada “Um Olhar Aprofundado Sobre Saúde Mental nas Organizações Brasileiras”, conduzida pela Vittude, empresa especializada no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para organizações, 33% dos funcionários brasileiros estão enfrentando transtornos mentais em níveis graves ou extremamente graves.  

Os dados são mais graves entre mulheres: enquanto 6,6% dos homens apresentam níveis severos ou extremamente severos de estresse, o número sobe para 10,4% entre elas. Em relação à ansiedade e depressão, as porcentagens também são maiores entre as funcionárias femininas. Para ansiedade, 15% das mulheres apresentam níveis extremos, em comparação a 9% dos homens. Já para depressão, o dado é de 8% entre homens e 10% entre mulheres. 

Em termos gerais, 14% dos entrevistados sofrem de ansiedade em níveis graves ou extremamente graves, 9% estão com depressão e 9% são diagnosticados com estresse crônico. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de escalas psicométricas em mais de 25 mil trabalhadores de 22 diferentes empresas, abrangendo diversos tamanhos e setores. 

A CEO e co-fundadora da Vittude, Tatiana Pimenta, enfatiza a importância de não considerar mais a saúde mental como um benefício adicional para os funcionários, mas, sim, como uma preocupação contínua que requer atenção e dedicação. 

Tatiana Pimenta, CEO e co-fundadora da Vittude: “Investir na construção de uma sólida cultura de prevenção com foco no cuidado com a saúde mental implica em, por vezes, remodelar o ambiente de trabalho” (Crédito: Juliana Frug/Divulgação)

“Os riscos à saúde mental no ambiente de trabalho, como cargas de trabalho excessivas, as relações interpessoais negativas e demais fatores geradores de angústia emocional, precisam ser enfrentados. Investir na construção de uma sólida cultura de prevenção com foco no cuidado com a saúde mental implica em, por vezes, remodelar o ambiente de trabalho, fazendo com que todos se sintam protegidos e amparados por ações eficazes e empáticas”, afirma a CEO. 

Custo da saúde mental

Esses dados reforçam a necessidade de as organizações adotarem medidas preventivas para manter a saúde mental de seus colaboradores. De acordo com a London School Of Economics, os transtornos mentais já acarretam custos anuais de aproximadamente R$ 200 bilhões para as empresas brasileiras.  

Os custos estão relacionados à queda na produtividade, absenteísmo, altas taxas de rotatividade e danos à reputação da empresa. Além disso, estima-se que as despesas relacionadas a transtornos emocionais e psicológicos possam atingir a marca de US$ 6 trilhões até 2030, caso o cenário não se altere nos próximos anos, conforme dados do Fórum Econômico Mundial. 

Tatiana também recomenda que as empresas invistam na capacitação de suas lideranças para evitar a criação de ambientes de trabalho estressantes e tóxicos. “Gerenciar a saúde mental no trabalho é um desafio. No entanto, quando abordado de forma inteligente, traz inúmeros benefícios, tanto para empresa quanto para o funcionário. Afinal de contas, locais de trabalho seguros, saudáveis e inclusivos aumentam o desempenho e a produtividade, além da motivação de todo o time”, acrescenta. 

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