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O papel do W20 no empoderamento financeiro das mulheres

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Opinião

O papel do W20 no empoderamento financeiro das mulheres

O fórum discute como promover a igualdade de gênero, o empoderamento feminino e a justiça social


22 de outubro de 2024 - 10h22

W20 Summit Internacional, no Rio de Janeiro, foi realizado entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro de 2024 (Divulgação: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Mulheres empreendedoras podem desbloquear entre US$ 2,5 e US$ 5 trilhões na economia global, ao mesmo tempo que reinvestem em suas famílias e comunidades, contribuindo diretamente para a redução da pobreza. O fomento a essas iniciativas é essencial para criar economias mais sustentáveis e inclusivas.

Histórias como a de Elizabete de Jesus Rocha, moradora de São Bernardo do Campo (SP), são um exemplo concreto do poder do empreendedorismo feminino. Microempreendedora que desenha e vende acessórios de moda, como bolsas, viu sua vida e seu negócio transformados pelo programa “Elas Digitalizam”, realizado em parceria pela Visa e a Rede Mulher Empreendedora. Com acesso a treinamentos e capacitações oferecidos no projeto, ela reformulou sua operação e teve aumento de 60% na receita, o que permitiu o lançamento de novas coleções e a melhoria do bem-estar de sua família e entorno.

Esse é apenas um exemplo do poder que iniciativas relacionadas à educação financeira e ao acesso a recursos têm para gerar uma onda de prosperidade entre as mulheres, mudando realidades individuais e criando um impacto duradouro e multiplicador na sociedade como um todo.

Incentivar o empreendedorismo feminino é vital para o empoderamento econômico das mulheres, particularmente em regiões de baixa renda. Projetos como “Elas Digitalizam”, conduzidos em associação com a Rede Mulher Empreendedora, promoveram inclusão financeira e apoiaram micro e pequenas empresárias, impactando mais de 20.000 mulheres em quase todos os estados do Brasil.

Neste contexto, o papel do Women 20 (W20) se torna crucial. O grupo, que aconselha líderes de nações do G20 sobre políticas públicas e compromissos, tem operado nos últimos 10 anos como uma plataforma independente, reunindo especialistas de diversos setores, incluindo academia, sociedade civil e setor privado. A delegação brasileira, liderada por Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, inclui um conselho consultivo do qual tenho muito orgulho em fazer parte, como representante da Visa Foundation.

Nossa missão, como conselheiras, é oferecer diretrizes estratégicas para a elaboração do “Communiqué”, um documento oficial entregue aos líderes do G20 para promover a igualdade de gênero, o empoderamento das mulheres e a justiça social. O W20 é um fórum que discute soluções concretas para eliminar as barreiras que as mulheres enfrentam e ajudá-las a alcançar seu potencial máximo.

Realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 30 de setembro e 2 de outubro, o W20 Summit Internacional reuniu cerca de 700 participantes de diferentes indústrias e delegações de todo o mundo. No evento, as recomendações do W20 foram entregues oficialmente à presidência do G20, e vários painéis temáticos foram realizados para abordar questões centrais como empreendedorismo, tecnologia, cuidado, justiça climática e combate à violência de gênero. No dia 1º de outubro, tive a honra, junto com representantes dos Estados Unidos e da Indonésia, de participar do painel “Empreendedorismo Feminino”, mediado por Maria Rita Spina Bueno, delegada do W20 Brasil.

O W20 continuará a desempenhar um papel crucial na apresentação de políticas que garantam que as mulheres sejam protagonistas de suas histórias de sucesso, contribuindo para uma sociedade mais próspera e justa. À medida que avançamos, cabe a nós, como financiadores, organizações sem fins lucrativos e líderes locais, garantir que as soluções propostas forneçam oportunidades para todas as mulheres, independentemente de sua origem. A criação de economias sustentáveis depende essencialmente da expansão de oportunidades para as mulheres – uma mensagem que o W20 está comprometido em destacar.

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