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Opinião

Qual o seu balanço de 2024?

O quanto refletimos sobre nós mesmos e ficamos felizes e em paz com tudo o que fizemos e construímos nesse mundo?


26 de dezembro de 2024 - 8h06

(Crédito: Shutterstock)

O ano está chegando ao fim e, é nesse momento que fazemos nossas reflexões, olhamos para os nossos erros e aprendizados. É também o momento de pensar nos próximos passos da vida pessoal e profissional. Mas o quanto refletimos sobre nós mesmos e ficamos felizes e em paz com tudo o que fizemos e construímos nesse mundo onde parece que estamos sempre atrasados?

A constante necessidade de acompanhar as novidades cria uma sensação de urgência e, consequentemente, a impressão de que o tempo está passando mais rápido. A noção de estar sempre atrasado se tornou uma constante na vida de muitas pessoas. A necessidade incessante de responder e-mails, mensagens e notificações cria um turbilhão, acelerando o relógio interno. A cada nova informação, a cada nova tarefa, sinto que o tempo escapa por entre meus dedos, como areia fina.

Acredito que essa percepção distorcida do tempo seja resultado de diversos fatores. A sobrecarga de informações, por exemplo, é avassaladora. As redes sociais, as notícias, os e-mails, as mensagens instantâneas… todos disputam a nossa atenção, fragmentando nosso dia e nos deixando com a sensação de que nunca há tempo suficiente.

A tentativa de realizar multitarefas, de fazer várias coisas ao mesmo tempo, só agrava essa sensação. E as redes sociais, com suas realidades idealizadas, reforçam as inseguranças e geram gatilhos o tempo todo. E isso provoca uma comparação, que nos faz sentir que estamos sempre um passo atrás.

Os dispositivos digitais, como smartphones e computadores, são cúmplices nessa corrida contra o relógio. A imersão no mundo virtual nos desconecta da realidade, fazendo-nos perder a noção do tempo que passa. Quem nunca gastou mais de 40 minutos vendo vídeos nas redes de conteúdos curtos e pensou que tinha gasto apenas 10?

As consequências dessa frenética busca por produtividade são diversas. A ansiedade e o estresse se instalam, dificultando a concentração e a realização de tarefas que exigem tempo e foco. Os padrões de sono são alterados, comprometendo nossa saúde e bem-estar. Mas como podemos lidar com isso? 

É preciso estabelecer prioridades, limitar o tempo de uso de dispositivos eletrônicos, praticar a atenção plena e, acima de tudo, desconectar-se e aprender a dizer “não”. Em um mundo cada vez mais acelerado, encontrar um equilíbrio entre a vida online e offline é fundamental para nossa saúde mental. A sensação de estar sempre atrasado é um sintoma de um problema maior: a necessidade de desacelerar e apreciar o presente.

Para conseguir chegar lá, vale estabelecer os objetivos para o próximo ano e, além disso, as metas para cada objetivo. Assim, conseguimos enxergar em que precisamos focar e definir as nossas prioridades sem sermos assolados pelo tempo. Vamos nessa?

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