Um novo ano e o presente da renovação

12 de janeiro de 2023 - 8h35

(Crédito: Lina Trochez/Unsplash)

O início do ano abre as portas de um novo ciclo. Momento de reafirmar propósitos, objetivos, e construir os planos para o próximo período de 12 meses.

O exercício parece universal e simples. Ao encerrar o ciclo, fazemos balanços de nossos aprendizados e contabilizamos nossos resultados. Sobre este legado, partimos então para traçar novos objetivos e, claro, ações para cumpri-los. O processo vale tanto na esfera pessoal, como também para os negócios.

E, assim, nutrimos este ritual funcional e bastante importante para um processo evolutivo de realização, construção e até mesmo para continuidade do sucesso de uma jornada que trilhamos até então.

Por um lado, o calendário nos leva a um processo racional e bastante lógico de construção de ciclos, como descrevo acima. Por outro, nos permite colocar mais um ingrediente fundamental a esta receita: a possibilidade de renovar as nossas esperanças.

Aqui, me permito ilustrar este conceito por meio de um extrato do poema “O Tempo”, de Roberto Pompeu de Toledo. “Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí, entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente.”

Naturalmente que, durante a nossa vida, cada ciclo de 12 meses nos marca de forma diferente. Às vezes, chegamos à reta final plenos de conquistas e realizações. Outras, com uma sensação de que faltou algo, de que não foi exatamente como o planejado. E, infelizmente, em alguns momentos, com a certeza de que simplesmente não chegamos.

Seja para não estender esta frustração por mais um ciclo, cair na desmotivação ou na acomodação, somos brindados com a oportunidade de renovar a nossa crença de que podemos recomeçar, reconstruir – até com mais potencial para crescer e realizar muito mais.

A combinação poderosa entre a disciplina de revisão, construção de planos, o monitoramento constante com abertura para mudanças repentinas de rotas, já que a magia do imprevisto pode ser uma boa surpresa, somada à predisposição de acreditar, alimentar a vontade e a coragem para fazer e mudar é o motor para a evolução e crescimento.

Neste contexto, faço a reflexão de nosso papel como líderes em nossas organizações, entidades e instituições públicas. Facilitar a transformação e o crescimento dos negócios, das pessoas e da sociedade depende de construir propósitos genuínos e coletivos, transmitir a visão, engajar e facilitar a execução.

Claramente que o exercício da liderança é diário, mas a cada ano temos este presente da renovação. Assim, que neste início de ano atuemos com a energia de começar um novo capítulo de nossas histórias com razão, disciplina, emoção e a crença de que temos o dever e o potencial de sempre construir novos caminhos, espaços e oportunidades.