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Fundo de Venture Capital de R$ 25 milhões investe em startups fundadas por mulheres

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Fundo de Venture Capital de R$ 25 milhões investe em startups fundadas por mulheres

Liderado por Erica Fridman e Jaana Goeggel, o Sororitê Fund 1 destina aporte financeiro a startups em early stage


21 de janeiro de 2025 - 9h00

Jaana Goeggel e Erica Fridman, fundadoras do Sororitê Fund 1 (Crédito: Luciano Alves)

De acordo com a Abstartups, as mulheres representam 19% dos fundadores de startups no Brasil, e em média, as startups brasileiras possuem 7 mulheres em seus times. Além da baixa representação, as mulheres empreendedoras também enfrentam desafios adicionais, como a dificuldade de acesso à capital. Por isso, uma dupla de investidoras decidiu criar um fundo específico para startups lideradas por mulheres: o Sororitê Fund 1. 

Erica Fridman e Jaana Goeggel lideram o Sororitê Fund 1, um fundo de Venture Capital de R$ 25 milhões que tem o objetivo de tornar-se a primeira opção de investimentos em startups early stage fundadas ou  co-fundadas por mulheres. Trata-se de um dos primeiros no Brasil liderado por mulheres que buscam investir em mulheres. “A criação do Sororitê Fund 1 foi motivada por nossa visão de transformar o mercado de investimentos e promover impacto positivo na sociedade”, afirma Jaana. 

O fundo está em fase de captação e para compô-lo, as sócias buscam atrair investidores pessoas físicas, family offices, empresas e fundos que investem em VCs que estejam interessados na tese com foco em gênero. A proposta é investir em startups early stage com pelo menos uma mulher no time fundador, que tenham potencial de escalabilidade e de crescimento no setor de tecnologia, com interesse, principalmente, nas verticais de fintech, healthtech, agritech e retailtech.  

“Pesquisas mostram que startups com diversidade de gênero nas equipes fundadoras geram maior rentabilidade e são mais inovadoras, graças à pluralidade de perspectivas e à melhor tomada de decisões. Com o Sororitê Fund 1, somos pioneiras, não apenas por nossa premissa de investir em startups com mulheres na liderança, mas também por sermos gestoras do nosso próprio fundo, desafiando e mudando a dinâmica tradicional do mercado”, complementa Goeggel. 

A Sororitê Ventures é uma iniciativa da Sororitê Angel Network, rede de mulheres investidoras anjo no Brasil, também cofundada por Jaana e Erica. A rede proporciona, além do investimento anjo, um espaço de troca, aprendizado e network entre investidoras e empreendedoras. 

“Não existem motivos para pensarmos que startups lideradas por mulheres não terão a mesma performance daquelas lideradas por homens. O grande problema é que a indústria de Venture Capital, quem toma as decisões de investimento, tem pouca diversidade, desta forma, acaba enviesando todo o ecossistema. Olhando para o mercado, os times diversos representam ótimas oportunidades. Estudo feito pelo fundo First Round Capital revela que startups fundadas por mulheres apresentam performance 63% superior. É aqui que vamos atuar para não deixar essas boas chances escaparem”, pontua Erica Fridman. 

Erica Fridman é graduada em Administração pela FGV e construiu uma carreira em inovação, em empresas como Johnson & Johnson e Procter & Gamble. Nos últimos cinco anos, concentrou-se em Venture Capital, visando a equidade de gênero neste âmbito. Mentora de dezenas de startups, é reconhecida desde 2021 como Top Women Investing in Latin America Tech. Ela é sócia-fundadora da Sororitê Ventures e do Sororitê Angel Network. 

Já Jaana Goeggel é graduada em engenharia pela ETH Zurich, com MBA pela Columbia Business School. Possui vasta experiência executiva em empresas como Expedia, American Express e McKinsey. Foi reconhecida como Top Women Investing in Latin American Tech pela LAVCA em 2023, sendo conselheira da Columbia Ventures e Venture Partner na QBits Capital. Ela é sócia-fundadora da Sororitê Ventures e cofundadora do Sororitê Angel Network, a maior rede de mulheres investidoras anjo do Brasil. 

“Nosso plano é realizar 22 investimentos ao longo do fundo, cerca de 5 a 6 aportes por ano, com a expectativa de anunciar os primeiros ainda no início de 2025. Estamos à procura de fundadoras talentosas, ambiciosas e visionárias, que tenham o potencial de se tornar grandes cases de sucesso, como Cris Junqueira, cofundadora do Nubank, ou Daniela e Juliana Binatti, cofundadoras da Pismo. O objetivo é identificar e impulsionar startups que tenham a capacidade de transformar mercados e inspirar a próxima geração de fundadoras no Brasil”, reforça Jaana Goeggel. 

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