Sentimento de agenda cheia
Celebrar, analisar e planejar estão entre as prioridades de dezembro e são alavancas para a evolução contínua
Celebrar, analisar e planejar estão entre as prioridades de dezembro e são alavancas para a evolução contínua
13 de dezembro de 2024 - 9h30
A agenda de dezembro parece muito com uma árvore de Natal… vem cheia de “enfeites”… são vários eventos, premiações e celebrações. Na verdade, esse movimento começa no final de novembro e vai até o Ano Novo.
Já vi gente criticar essa festança toda. Os mais cinzentos chegam a dizer que é desperdício de tempo e dinheiro. Não só acho esse tipo de posicionamento equivocado em vários aspectos como defendo fortemente o investimento nas celebrações por uma razão fundamental: elas alimentam as pessoas, que são o que há de mais importante nas empresas, no mercado e no mundo.
Explico: quando o talento e a eficiência de alguém é reconhecido em uma premiação, isso vai muito além daquele profissional ou do trabalho premiado, porque reflete a sintonia desta pessoa com o “zeitgeist”, ou seja, como o espírito do tempo em que vivemos, com as nossas aspirações e, também, com as nossas preocupações e desafios.
Aliás, é por isso que eu gosto tanto de festas: elas aproximam as pessoas, colocam todas na mesma vibe de celebração e personalizam as relações que estão cada vez mais digitais. Nada é mais efetivo que olhar nos olhos de alguém pessoalmente porque isso traz uma nova dimensão desta pessoa.
E por falar em efetividade, devo dizer que essa palavra está ocupando meus pensamentos tanto quanto as festividades estão ocupando a minha agenda. Cada vez mais, vejo iniciativas de qualquer setor serem medidas pela sua eficiência. E isso não só está certo como é a realização de um grande sonho do setor de comunicação.
Sabe aquela velha anedota contada em todos os cursos de comunicação que dizia que “metade do investimento em propaganda é desperdício, o problema é que não se sabe qual”? Pois bem: ela está ficando cada vez menos aplicável, porque no mundo do marketing digital há muitas inovações em mensuração, o que faz com que os investimentos sejam melhor aplicados considerando os propósitos do anunciante.
Na Mynd, por exemplo, estamos tão focados na efetividade que vários dos nossos novos produtos e projetos são para tornar cada vez mais fina a sintonia com os objetivos das marcas e ampliar a qualidade dos resultados. Mas, chega de spoiler.
Voltando à questão das festas e premiações, vale observar que prêmios e celebrações são a consequência das análises sobre os resultados positivos trazidos pelo trabalho criativo. Hoje, ninguém mais se impressiona com big ideas criativas se elas não resultaram em incremento de vendas ou ganho de imagem.
O bom é perceber que esse tipo de abordagem está permeando os pensamentos das pessoas. E, ultimamente, tenho conversado ainda mais que o habitual porque comecei um podcast, chamado “A CEO tá ON”, ao lado da minha sócia Vivi Duarte, e nos papos com os convidados tenho notado que as pessoas estão valorizando cada vez mais a intencionalidade e, consequentemente, os resultados de tudo o que fazem, tanto na vida pessoal quanto profissionalmente.
E os bons resultados merecem reconhecimento e celebração não só porque geram riqueza, mas porque alimentam os talentos envolvidos nos projetos. Em uma época em que a saúde mental é tão valorizada, nada faz mais sentido do que alimentar a autoestima das pessoas (o que é muito diferente de alimentar egos fora de controle).
Acreditar no talento, respeitar investimentos, inovar e defender a ética são conceitos que tanto devem estar presentes nas retrospectivas quanto fazer parte dos planos para o novo ano. E vamos colocar nossas melhores energias nas celebrações.
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