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Opinião

A revolução da conectividade e o futuro das redes com a Inteligência Artificial

Segundo dia do Mobile World Congress aborda a convergência de Redes na otimização da Jornada do Consumidor


28 de fevereiro de 2024 - 10h43

Cinco anos após o surgimento das primeiras redes 5G, sua adoção atingiu uma abrangência global de 20%, totalizando mais de 1,5 bilhão até o final de 2023. Destaca-se como o crescimento mais expressivo e rápido de uma tecnologia de banda larga até hoje.

No entanto, apesar desse progresso notável, a infraestrutura da tecnologia 5G ainda não alcançou seu pleno potencial em termos de transformação digital, impacto econômico e valor comercial. Diante desse cenário, torna-se imperativo implementar intervenções estratégicas, como o estabelecimento de políticas e investimentos que assegurem a evolução generalizada do 5G, tornando-o mais acessível e proporcionando uma experiência do consumidor aprimorada, com maior aderência no segmento B2B.

Desafios para as Operadoras

Com o desenvolvimento do mercado 5G ainda em estágios iniciais, um dos principais desafios para operadoras e telecoms reside nas perspectivas financeiras. Apesar de um crescimento de 3% em 2023, a expectativa de crescimento em termos percentuais até 2030 permanece relativamente baixa, mesmo com os substanciais investimentos realizados pelas operadoras. Isso representa uma queda significativa em comparação ao final de 2022, marcado como o ápice do ciclo do 5G, com uma receita que alcançou 19%.

As operadoras também enfrentam o desafio de lidar com custos persistentes, que frequentemente são quatro vezes superiores aos custos de capital. No entanto, estima-se que até 2030, possa ser alcançado um valor em torno de $1.5 trilhão.

A chave para desbloquear o potencial econômico do 5G reside na evolução da tecnologia de banda larga, cujos avanços em funcionalidades, APIs e casos de uso podem gerar oportunidades substanciais de lucro para o mercado corporativo.

A convergência entre IA e 5G como caminho para oportunidades

As discussões em torno da convergência entre IA e 5G têm o potencial de ampliar as possibilidades para um horizonte sem precedentes, especialmente no que diz respeito às experiências em realidades virtual e aumentada. Essa convergência possibilitará o avanço dos conceitos de cidades inteligentes, com aplicações intensivas provenientes da IA Generativa, aproximando-nos cada vez mais de uma realidade em que carros autônomos, IoT e automação das indústrias se tornem viáveis para a produção em escala.

De fato, a combinação entre 5G e IA será capaz de proporcionar uma transformação significativa para as áreas de telecomunicações, saúde, manufatura, transporte e smart cities.

Para aproveitar plenamente essa convergência, as operadoras devem investir em infraestrutura, desenvolver ecossistemas robustos e adotar uma estratégia baseada em modelos de negócios evolutivos. É essencial que se comprometam em construir soluções inovadoras, dando prioridade às empresas, ao mesmo tempo em que mantêm uma preocupação constante com a segurança de dados sensíveis e garantem a integridade e confiabilidade dos algoritmos de IA, considerados atualmente como os principais pontos críticos.

Tendências de Segurança para a prosperidade dos negócios

As operadoras percebem a tendência de segurança Zero Trust não como um luxo, mas como uma necessidade diante das redes 5G, que exigem a incorporação de aspectos de segurança desde ambientes externos até os internos de uma organização.

Não é mais admissível que a segurança seja tratada como uma reflexão tardia, acionada apenas quando ocorre algum incidente. Pelo contrário, é crucial estabelecer um mindset de gestão de riscos, no qual a segurança é considerada desde o design de serviços baseados em redes, visando continuar entregando conectividade de qualidade com proteção de dados.

As operadoras que compreenderem e adotarem a metodologia Zero Trust obterão vantagens competitivas na prevenção de ameaças e na mitigação de riscos.

É crucial otimizar a jornada do consumidor para impulsionar os avanços

Graças à IA Generativa, em colaboração, uma série de soluções pode emergir para abordar problemas relacionados a operadoras e dispositivos móveis. Isso envolve uma abordagem holística que incorpora insights, metadados, dados ao vivo e diagnósticos avançados, estabelecendo assim uma jornada otimizada para resolver eficientemente qualquer questão associada ao desempenho de dispositivos móveis, de maneira ágil e sem repetição de passos.

Para construir uma solução de maneira eficaz, é essencial realizar a colaboração com os parceiros adequados
Embora os componentes tecnológicos para a solução já estejam disponíveis, a eficácia de sua implementação depende da identificação dos parceiros certos entre telecoms e empresas. Essa colaboração complementa os cuidados e controles sobre os dispositivos em uma plataforma robusta, capaz de atender a todo o modelo operacional do ecossistema, mantendo uma inteligência robusta de diagnósticos de aplicativos e habilidades de contextualização sobre os dados.

A revolução da conectividade e o futuro das redes com inteligência artificial apresentam um cenário promissor, onde o 5G e a IA convergem para criar uma infraestrutura digital mais avançada e eficiente. No entanto, os desafios são significativos e incluem questões financeiras, de segurança e de experiência do consumidor. As operadoras de telecomunicações precisam investir em soluções inovadoras e seguras, adotando uma abordagem de “Zero Trust”, onde a segurança é considerada desde o início do design e arquitetura dos serviços.

A colaboração entre operadoras e empresas é fundamental para o sucesso dessa jornada, que promete transformar não apenas a forma como nos conectamos, mas também como interagimos com dispositivos e serviços digitais. O futuro da conectividade está nas mãos das operadoras que conseguirem se adaptar e inovar neste novo cenário.

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