Como será o mundo com devices interconectados?
Agentes de inteligência artificial (IA) e dispositivos interconectados tornarão atividades cotidianas mais simples, rápidas e eficientes
Agentes de inteligência artificial (IA) e dispositivos interconectados tornarão atividades cotidianas mais simples, rápidas e eficientes
Fernando Murad
3 de março de 2025 - 13h32
Julie Linn Teigland (EY), Fei Fang (Honor) e Alex Katouzian (Qualcomm) em painel no MWC 2025 (crédito: Fernando Murad)
Imagine que você está num café, no aeroporto, ouvindo música, passando tempo. De repente, recebe um aviso no seu fone de ouvido, informando o número do seu portão e o horário do embarque. O alerta é resultado da interação entre o smartphone e o fone de ouvido que, a partir das informações da viagem marcada e do e-mail de confirmação do portão, emitiu um aviso para que você não perdesse o voo.
Esse é um exemplo das possibilidades oferecida pelos agentes de inteligência artificial (IA), sistemas inteligentes autônomos que realizam tarefas específicas sem intervenção humana. A tecnologia permite que todos os devices ligados a um usuário tenham acessos às suas informações.
“A integração faz muito sentido. Economiza tempo e elimina trabalho. Se você pretender viajar, por exemplo, o agente de IA pode montar um plano, com opções de hotéis e passeios no tempo que você terá. E não precisa tirar o smartphone do bolso para funcionar”, explica Alex Katouzian, general manager das áreas de Mobile, Compute, XR e wearable businesses da Qualcomm Technologies.
A IA passa despercebida em muitas situações do cotidiano das pessoas. Por exemplo, ao tirar uma foto num ambiente sem luz, a tecnologia faz a correção, ou se alguém passou na cena bem no momento da fotografia, você pode retirar numa edição na tela do celular. Outro exemplo é quando o aparelho identifica um malware e o barra.
O que muda com os agentes de IA atuando num ecossistema é que a tecnologia estará mais visível para o usuário. “Com agentes de IA e large language models (LLMs) a tecnologia virá para frente. Ao invés de digitar ou dizer algo, ele te dirá o que fazer”, afirma Katouzian.
Num ecossistema conectado, fones de ouvido, óculos inteligentes, smartwatches, tablets, PCs e smartphones podem trabalhar em linha. “Os agentes de IA serão uma grande ponte entre devices, tornando a experiência do usuário mais inteligente e personalizável”, explica Fei Fang, presidente de produtos da Honor.
A companhia anunciou no MWC, em Barcelona, o Honor Alpha Plan, projeto que prevê investimentos de US$ 10 bilhões nos próximos cinco anos na área de IA para criar um ecossistema integrado entre devices (veja vídeo abaixo). A Qualcomm é uma das parceiras do projeto. “Somos uma tecnologia human centric. Como inovar para atender a necessidade das pessoas com segurança”, resume.
Para o futuro, Katouzian projeta que mais e mais das funções que atualmente exigem tráfego na nuvem poderão ser executadas no device. “Isso significará alta performance e baixo uso de energia, segurança e imediatismo”, afirma. “A IA será a sua assistente, ajudará as pessoas a fazer coisas simples, professionais e divertidas”, complementa Fei.
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