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22 de fevereiro de 2023 - 14h40

o que é acessibilidade digital

Imagem: Shutterstock

Temas dos mais variados como dados, infraestrutura tecnológica, cloud, gestão de riscos digitais, sensores, IoT, 5G, 6G, metaverso, indústria 4.0, blockchain, ChatGPT, fintechs, edtechs e tantas outras sopas de letrinhas começaram a fazer parte do universo cotidiano de qualquer indivíduo. Para ter um entendimento minimamente razoável destes assuntos, o retorno aos bancos escolares passou a ser quase que uma exigência.

Não resta dúvida sobre a importância do avanço destas novas tecnologias e o seu impacto na vida cotidiana. Da mesma forma, a busca por novos modelos de negócio, atrelados ao uso intensivo em tecnologia passou a ser um imperativo. Qualquer executivo de primeira linha, anda preocupado com o seu reportório de conhecimentos em inovação, digital e investimentos corporativos nestes temas. Complementando, a abertura das agendas dos principais conselhos de administração para a tratativa de estratégias digitais sinaliza uma importante mudança de rota dos negócios.

Ao pensar nas principais tendências para o universo da inovação e novas tecnologias, seria razoável pensar em temas com absoluto impacto e com viés revolucionário. Parece que todo início de ano, alguma startup americana fará uma proposta radical, como o caso recente do ChatGPT, sendo uma iniciativa focada em inteligência artificial da Microsoft e fundos de investimentos.

No entanto, ao pensar nas principais tendências tecnológicas, talvez o foco deva ser mais na agenda da humanização.

Ao analisar dados de pesquisa do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC), sugere-se que a valorização média das principais empresas de tecnologia esteve vinculada ao pico da pandemia, a uma crescente demanda pela aquisição de computadores e celulares, maior exposição de tempo em frente às telas e impacto significativo das campanhas de marketing por canais digitais.

Considerando o cenário acima, qual fundo de investimento teria entendimento contrário em alocar volumes expressivos de capital em negócios envolvendo novas tecnologias? Em um cenário com custo de capital baixo, demanda reprimida e oferta de mão de obra escassa, o equilíbrio perfeito para apostar nas principais tendências digitais estava mais do que dado.

Curioso perceber que após o retorno à vida quase normal, ao convívio familiar, entre amigos e colegas de trabalho, as empresas de tecnologia começaram a sofrer pressões dos principais investidores por um melhor equilíbrio nos orçamentos. Como resultado, começaram cortes consideráveis de investimentos, demissões e um reequilíbrio nas prioridades para desenvolvimento.

Se as principais empresas de tecnologia estão passando por ajustes consideráveis, este também tem sido o caminho de empresas tradicionais. A pressão por maior eficiência nos negócios, comprovação de projetos com melhor desempenho financeiro e uma base saudável de clientes são temas emergentes nos principais comitês executivos, ainda mais, em tempos de custo de capital alto.

Isto poderia ser um apelo por uma tendência esquecida, isto é, uma maior humanização nas relações. Se a aposta fosse por um futuro melhor, o caminho pelo uso de tecnologias de forma mais adequada, em equilíbrio com uma boa convivência com pessoas queridas, esta poderia ser uma agenda interessante.

Em tempos em que livrarias pareciam fadadas ao fracasso, mas com lideranças assumindo cargos em negócios similares, resgatando a paixão pela literatura, pelo convívio, colaboração e aprendizado real entre pares, a busca pela mesma paixão pelo humano seria um caminho viável. No lugar do ESG, talvez a sigla pudesse ser HESG, um anacronismo para um salvar das relações humanas, do próprio planeta e por organizações mais adoráveis. Vale a dica e um pensar com a sua devida profundidade.

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