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Opinião

Impressões finais do MWC 2023

Pessoalmente o que mais prende a minha atenção em eventos como o MWC são as discussões sobre o futuro e o networking com pessoas da indústria do mundo todo


6 de março de 2023 - 12h04

(crédito: Sergio Damasceno)

E chega ao fim mais um Mobile World Congress (MWC) em Barcelona, após um hiato do formato presencial, devido a pandemia, o mesmo voltou “com força total” como disse John Hoffman, diretor-executivo da GSMA, um grupo da indústria que representa as maiores operadoras de telefonia móvel do mundo, além de ter sido a organizadora do evento.

O MWC é um congresso grandioso, por onde passaram mais de 80 mil pessoas do mundo todo. No conteúdo foram mais de mil palestrantes e formadores de opinião, cobrindo e discutindo os assuntos mais importantes da indústria de telecomunicações como a conectividade 5G, a inteligência artificial, o metaverso, os mobile games e toda a tecnologia que envolve o nosso mercado.

O MWC é também uma vitrine para as empresas de tecnologia lançarem e mostrarem seus mais recentes produtos e inovações, e este ano havia muita expectativa sobre o que os gigantes da indústria, como Huawei, Oppo, ZTE, Nokia, Samsung e Ericsson, revelariam na feira. A gigante chinesa de smartphones Xiaomi, por exemplo, aproveitou o show para lançar seus smartphones de última geração e a Nokia apresentou seu “telefone auto consertável” que os usuários podem consertar facilmente em casa. Já a Huawei apresentou seu smartwatch GT Cyber, descrito como tendo “durabilidade de nível militar”, e a Motorola exibiu seu Defy Satellite Link, que permite que smartphones enviem e recebam mensagens sem sinal. Ainda na seara das novidades, a marca chinesa Oppo revelou seu Smart Health Monitor, capaz de monitorar a frequência cardíaca, o nível de oxigênio no sangue e a pressão arterial. É sempre bom ver estas novidades todas em termos de gadgets, mas uma coisa é certa, só o tempo nos dirá o que realmente vai fazer sentido no futuro.

Pessoalmente o que mais prende a minha atenção em eventos como o MWC são as discussões sobre o futuro e o networking com pessoas da indústria do mundo todo, pois conseguimos sentir a realidade do mercado mundial. Posso afirmar que as expectativas em relação ao avanço tecnológico estão elevadas, inclusive refletindo em como toda essa cadeia de inovação deve impactar a área de publicidade digital. De qualquer forma, ressalto mais uma vez que as empresas do Brasil devem estar prontas para essas mudanças o quanto antes. Inclusive essa preocupação é reforçada segundo uma pesquisa global da IBM, em que 78% dos líderes das companhias brasileiras devem investir em soluções tecnológicas como a inteligência artificial, automação e nuvem híbrida.

Além do 5G e da inteligência artificial que abordei nos últimos artigos, gostaria de finalizar esta minha última colaboração mencionando também o metaverso e os games. Acredito que ambos mercados tendem a ser canais para a conexão dos consumidores que desejam experiências diferenciadas com as suas marcas preferidas ou até para as que desconhecem. A área de games tem uma previsão de movimentar cerca de R$ 1 trilhão em 2023, segundo a consultoria Newzoo. Já para o Gartner, o metaverso junto com o ecossistema de tecnologias devem gerar U$ 5 trilhões até 2030. Notem que temos uma oportunidade de negócios para as empresas levarem em consideração, principalmente no setor de publicidade digital.

Portanto, acredito que ter presenciado a edição do MWC deste ano me salientou que temos que inovar sempre para oferecer as melhores soluções aos nossos clientes. Por fim, aproveito para agradecer o convite do Meio & Mensagem para colaborar com as minhas impressões e espero que tenha conseguido trazer um pouco do que vi por aqui.

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