Marketing, conteúdo e o potencial da IA

Fernando Murad
28 de fevereiro de 2024 - 9h34

Tzvika Besor (Monday.com), Aitor Abonjo (Flink), Melissa Kruse (Back Market) e Mariam Asmar (Braze): IA potencializa a criatividade (Crédito: Fernando Murad)

A junção da capacidade da inteligência artificial e da intuição e criatividade humana abre um universo de possibilidades, inclusive para o marketing e a produção de conteúdo. Na mesma medida, gera apreensão para possíveis riscos associados, como vieses reproduzidos pelas máquinas. Mesmo ainda no início, a jornada já demonstra ser mais do que promissora.

“A inteligência artificial transformará a forma como vemos a criatividade. A criação tem custo alto e não permite a customização para cada pessoa. A IA mudará isso”, projeta Tzvika Besor, senior AI product manager da Monday.com, onde atualmente lidera um projeto para desenvolver um agente de IA conversacional para agilizar o processo de integração de novas contas.

“Esta ferramenta não trata apenas de automação; trata-se de entender as necessidades únicas de cada cliente e criar soluções personalizadas que realmente façam a diferença. Por exemplo, pode criar um fluxo no qual os funcionários recebem apenas e-mails que são relevantes para cada um deles”, explica Besor.

Na opinião de Aitor Abonjo, director de CRM da Flink, a IA ajuda os times a economizar tempo e dinheiro em todas as etapas de processo, desde a concepção de uma ideia até a análise de dados de marketing. Atualmente, Aitor lidera as equipes de retenção, marketing insights e marketing tech da agência.

“A IA torna os produtos melhores para os clientes, deixando o conteúdo mais inteligente, conectando dados e juntando peças como tom de voz do chatbot, recomendação e base de dados”, afirma. Mas alerta: “Limitamos as direções da IA. Temos palavras-chave que cortam o chatbot e colocam o atendimento humano”, diz.

Senior UX content design manager da Back Market, Melissa Kruse foca seu trabalho em como os criadores de conteúdo podem usar as funcionalidades da inteligência artificial para serem mais eficientes em sua função, mas sem temer a tecnologia. “As ferramentas de IA facilitam o trabalho realizando tarefas chatas e deixando mais tempo para aspectos da criação de conteúdo que apenas humanos podem fazer para humanos”, afirma.

De acordo com Besor, estamos no ponto de transição entre ter uma tecnologia incrível e ter a habilidade para usar ferramenta onde ela realmente funciona. Como desafio para o futuro, ele indica eliminar esse gap de implementação.