Como engajar usuários em uma era automatizada
Não importa quais estratégias os aplicativos utilizem para obter engajamento, o que realmente fará a diferença é entender o que o público quer
Não importa quais estratégias os aplicativos utilizem para obter engajamento, o que realmente fará a diferença é entender o que o público quer
8 de março de 2023 - 14h06
Mais de 485 mil aplicativos foram baixados por minuto em 2022 em todo o mundo, garantindo um crescimento de 11% ano a ano ao mercado mobile. Porém, a definição de sucesso para os apps não deve estar apenas atrelada ao número de instalações. Em um mercado definido pelo aumento da concorrência e usuários gastando em média 5 horas por dia em dispositivos móveis, estando dispostos a também pagarem por conteúdos, é necessário se concentrar em engajar o público-alvo para mantê-los entretidos a longo prazo com estratégias de marketing eficientes.
Porém, envolvê-los com este propósito não é uma tarefa tão simples. Não importa quais estratégias os aplicativos utilizem para obter engajamento, o que realmente fará a diferença é entender o que o público quer, precisa e quando, para então poder entregar a solução no momento certo.
Enquanto cada vez mais tecnologias chegam, como AI e machine learning, contribuindo para otimização destes processos, cada vez mais a personalização de acordo com o que o usuário deseja se mostra como um fator essencial para mantê-lo ativamente engajado. Este é um fator essencial para trazer um tom mais humano e próximo aos valores que ele espera encontrar.
Além disso, vejo que as empresas gastam muito tempo e dinheiro para adquirir novos clientes por meio de grandes campanhas orientadas por dados, mas reter os usuários já existentes pode ser mais lucrativo. E este não é um conhecimento novo: existe um estudo da Bain & Company, realizado há mais de duas décadas, que já apontava que aumentar as taxas de retenção de clientes em 5% pode aumentar os lucros de 25% a 95%. E então, como isso pode ser efetivamente feito?
De playlists sugeridas a campanhas de redes sociais projetadas para incentivar o engajamento de fãs, as estratégias podem ser diversas, o importante é entregar um conteúdo valioso.
Além disso, outras dicas mais práticas são: sugerir dentro dos aplicativos produtos personalizados, enviar notificações em tempo real de novidades que podem interessar ao usuário e destacar outras ofertas especiais com base no que os dados dizem sobre suas preferências e expectativas. Um exemplo para deixar mais visível esta estratégia é a Netflix em que o próprio produto está no centro do marketing.
Toda vez que você abre seu aplicativo da Netflix, você vê o potencial de engajamento em ação. Usando inteligência artificial, a plataforma seleciona recomendações personalizadas para cada usuário. Quanto mais os clientes se envolvem com o aplicativo, assistem ao conteúdo e avaliam seus programas e filmes favoritos, melhor o algoritmo faz sugestões – tornando o app cada vez mais aderente. Não é em vão que o aplicativo foi o mais pesquisado na App Store do iOS, no ano passado, dentro das categorias de entretenimento e OTT.
Além disso, também podemos aproveitar as múltiplas plataformas para envolver melhor os clientes em todos os pontos de contato cruciais ao longo da jornada. Atualmente, não considerar a TV Conectada é um erro de estratégia quando se trata de engajamento. De acordo com uma pesquisa que li da tvScientific, mais de 80% dos consumidores assinam mais de um serviço de streaming e cerca de 90% deles são assinantes de pelo menos um que suporta anúncios. Com taxas de conclusão de vídeo de anúncios em CTV de até 95%, as campanhas neste canal devem estar nas estratégias de marketing.
Resumidamente, acredito que a chave para um marketing de engajamento eficiente é estar armado com os dados e ferramentas corretas para não apenas analisar as melhores decisões, mas também para conseguir otimizar um processo que pode se tornar robotizado quando não envolve a personalização do que se entrega.
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