MWC reflete era hiperconectada e inovações tecnológicas de um futuro próximo
2025 será o ano em que empresas vivenciarão o impacto real das inovações que já transformam o cotidiano das pessoas
2025 será o ano em que empresas vivenciarão o impacto real das inovações que já transformam o cotidiano das pessoas
27 de fevereiro de 2025 - 17h28
A cada ano, o Mobile World Congress (MWC) se reafirma como ponto de encontro para quem quer entender e antecipar os rumos do universo digital e mobile. Em 2025, o evento chega ainda mais robusto, refletindo a era em que vivemos: hiperconectada, imediatista e impulsionada por tecnologias que cabem na palma da mão. Não é por acaso que o MWC tem crescido em relevância, atraindo para Barcelona públicos de várias partes do mundo.
Nessa edição, temas como AgenticAI e 5G se destacam na programação. Esses são exemplos de tecnologias que já estão moldando a forma como vivemos, trabalhamos e nos conectamos. O MWC irá explorar, não só o que está por vir, mas também o impacto real dessas inovações no dia a dia das pessoas e na estratégia das empresas, como elas podem ser rentabilizadas e como podem gerar mais casos práticos.
A AgenticAI possui um nível de autonomia e capacidade de tomar decisões por conta própria, ou seja, sem a intervenção de humanos. Sem dúvida, o ganho maior é a capacidade de automatizar tarefas e, com isso, aumentar a eficiência e reduzir custos. Setores como indústria, financeiro e de saúde devem se beneficiar com o uso.
Na tomada de decisão, uma IA autônoma pode analisar grandes volumes de dados que um ser humano não conseguiria processar. Em emergências, como desastres naturais ou conflitos, ela é capaz de reagir de forma mais eficiente. Claro que esta discussão levanta uma questão ética, pois a tecnologia tem que estar totalmente alinhada com os valores humanos. Além do que, quando uma IA toma decisões sem supervisão humana, fica difícil determinar quem é responsável por seus erros. Portanto, encontrar esse ponto de equilíbrio não é uma opção e sim uma obrigação.
O próximo passo segue no caminho para uma Inteligência Artificial Geral (AGI). Mesmo que ainda não tenha sido amplamente divulgada, já estamos tão próximos que as etapas seguintes podem redefinir ainda mais a maneira como vivemos e trabalhamos.
O progresso alcançado até agora é significativo, mas a responsabilidade que vem com ele é igualmente gigantesca. Por isso, o debate sobre ética, privacidade de dados e vieses nos algoritmos nunca foi tão importante. As empresas, ao se beneficiarem dessa tecnologia, precisam ir além do desempenho técnico e considerar os impactos humanos dessas soluções. No fim das contas, o que realmente mantém as conexões reais é a confiança, e essa só é possível quando há transparência no uso da tecnologia, garantindo que as inovações não apenas sirvam à eficiência, mas também respeitem os valores fundamentais que nos conectam enquanto sociedade.
O setor de telecomunicações (Telco) está diretamente ligado à estruturação e evolução da AgenticAI, e acredito que isso representa uma oportunidade tanto para o avanço tecnológico quanto para novos desafios. A infraestrutura de rede global que as operadoras de telecomunicações possuem, juntamente com a capacidade de processar grandes volumes de dados, coloca esse setor no centro da revolução digital que a AgenticAI está promovendo. Ao integrar essa tecnologia, as telecomunicações podem não apenas otimizar suas redes, tornando-as mais seguras e eficientes, mas também criar serviços inovadores e experiências personalizadas para os consumidores, algo que pode transformar como interagimos com a tecnologia no dia a dia.
Outro tópico que será amplamente discutido é a expansão mundial da rede 5G. Mesmo ainda ganhando espaço no mercado, ele já caminha para uma transformação, diante das promessas do 5G Advanced. Com latência quase inexistente e velocidades que chegam a impressionantes 100 Gbps, essa nova geração de rede promete transformar a conectividade em níveis nunca imaginados.
Fabricantes como Ericsson e Nokia, presentes no MWC, estão na vanguarda dessa evolução, criando tecnologias para expandir o potencial do 5G. Redes autoajustáveis otimizarão o tráfego e a cobertura em eventos de grande porte, e o IoT superinteligente permitirá cidades conectadas, com sistemas que se adaptam às necessidades em tempo real. Essas empresas devem trazer um panorama atualizado do que estão criando nesse campo.
No horizonte, o 6G começa a se desenhar como uma possível revolução, não apenas em termos de velocidade, mas também em novas formas de interação, como realidade estendida e holografia móvel, prenunciando um futuro em que as tecnologias se misturam de forma ainda mais integrada e transformadora. O futuro da conectividade, portanto, está apenas começando.
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