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Opinião

O que vimos nos 4 dias de MWC

Por aqui a cabeça ainda está conectada no congresso, fazendo planos para o próximo MWC. Nos vemos em Barcelona em 2024!


15 de março de 2023 - 14h34

(crédito: Meio & Mensagem)

Passados quatro intensos dias em Barcelona, tive a oportunidade de vivenciar tudo o que lemos diariamente em sites especializados, dedicados a explorar as tendências da conectividade e da tecnologia no mundo. O Mobile World Congress (MWC), neste ano, gerava uma grande expectativa para os profissionais do setor, afinal, após o período crítico da pandemia de Covid-19, pudemos voltar a nos reunir e visitar as mais novas soluções para o mercado de telecomunicações e tecnologia.

Cheguei em Barcelona na véspera do início do congresso e com a agenda cheia. A feira estava fantástica. Com o objetivo de coletar o máximo de novidade e tendências para os nossos clientes, visitei os oito pavilhões do MWC na Fira Barcelona. Vi muito conteúdo e conversei com pessoas influentes e com vasto conhecimento do setor.

Logo no primeiro dia, sem sombra de dúvidas, gastei a maior parte do dia no estande da Deloitte. Estivemos presentes com mais de dez soluções inovadoras. Apresentamos aos nossos clientes casos de uso com foco em tecnologias cloud, cyber, realidade aumentada, inteligência artificial, cidades inteligentes e, principalmente, 5G.

Uma das grandes atrações do nosso estande e da feira foi o Projeto Opencare5G. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo nosso Telecom Engineering Centre of Excellence (gTEE) que, em parceria com o Hospital das Clínicas de São Paulo e um ecossistema de empresas líderes de mercado, visa democratizar a saúde. O projeto, em fase de expansão, tem como principal objetivo levar a áreas remotas um atendimento com uma qualidade igual a de grandes centros urbanos. Utilizando-se da tecnologia OpenRan, criamos uma rede privativa no hospital que tem por objetivo conectar o médico ao paciente para a execução de exames em tempo real. Anteriormente, era necessário alguns dias de viagem para que um paciente da Amazônia fosse atendido por um especialista em São Paulo, por exemplo. Tivemos a oportunidade de apresentar esse projeto a representantes de 27 países e mais de 300 profissionais. O mais interessante foi perceber que a nossa solução tinha aderência a muitos casos em outros países por todo o mundo.

Outro exemplo demonstrado pelo nosso gTEE foi a utilização da conectividade para viabilizar a manutenção de uma planta industrial. Utilizando-se da realidade aumentada, essa solução gera para as indústrias uma economia relevante, bem como traz uma garantia de operação da planta, pois evita que ela fique parada à espera de um técnico para dar manutenção em um equipamento específico. Ainda em nosso estande, trazendo maior eficiência à indústria, apresentamos a automação de um grande centro de distribuição utilizando a conectividade e a realidade aumentada como bases tecnológicas para o caso de uso.

Já no segundo dia de congresso, consegui dar uma escapada do estande e pude observar que muitas tendências estão se confirmando. Algumas mais e outras menos maduras, mas as suas aplicabilidades já são uma realidade e irão amadurecer nos próximos meses e anos.

As soluções para redes privativas se demonstram maduras para o atendimento à indústria, proporcionando uma redução de custos através de uma maior eficiência e segurança na operação de todas elas, principalmente com a adoção de IoT (Internet das Coisas) e a implantação de soluções voltadas para a indústria 4.0.

Com relação à exploração de soluções com latência zero, quem diria que alguns poucos anos atrás, antes da chegada do 5G, imaginaríamos serviços de mobilidade avançada sendo demonstrados com perspectivas reais de implantação no curto prazo. Tive a oportunidade de ver casos de veículos não tripulados, drones realizando entrega, sistemas de segurança para cidades inteligentes e muito mais. Quando partimos para falar um pouco da experiência humana e sensitiva vista na feira, temos um tema ainda em incubação, mas que promete se tornar realidade em gerações futuras de conectividade, como o 5.5G e o 6G.

Nos dois últimos dias de congresso, busquei explorar mais a conexão com profissionais do setor, parceiros e autoridades. Tivemos boas perspectivas da evolução do 5G e suas variantes no mercado brasileiro, no qual temos contribuído fortemente com o desenvolvimento da solução OpenRan e redes privativas. O ano de 2023 promete um investimento robusto por parte da indústria e, com isso, as oportunidades para implantação das novas tecnologias chegarão para que todo o ecossistema de serviços de conectividade seja ativado e monetizado.

Enfim, falamos aqui sobre as possibilidades que o 5G demonstrou durante o MWC. Regressei ao Brasil com muitas ideias e novas possibilidades de explorar esse mundo fantástico das telecomunicações e da tecnologia. Mesmo por aqui a cabeça ainda está conectada no congresso, fazendo planos para o próximo MWC. Nos vemos em Barcelona em 2024!

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