Revolução tecnológica: eficiência energética e a era das redes inteligentes
Redes que utilizam IA para gerenciar recursos são capazes de garantir uma melhor distribuição de carga, otimizando o funcionamento e o desempenho geral
Redes que utilizam IA para gerenciar recursos são capazes de garantir uma melhor distribuição de carga, otimizando o funcionamento e o desempenho geral
3 de março de 2025 - 12h11
A busca por soluções que promovam a eficiência geral do sistema – seja no quesito energético ou tecnológico – tem se intensificado. Com o crescente número de elementos integrados às redes, o foco em dispositivos e componentes energeticamente eficientes se torna essencial.
Uma temática de destaque no MWC 2025 será o avanço do conceito de “Passive IoT”. Enquanto os dispositivos IoT ativos estão constantemente conectados e transmitindo dados, os dispositivos IoT passivos podem complementá-los, fornecendo uma maneira mais eficiente em termos de energia para coletar e transmitir dados somente quando for mais relevante ou urgente. Portanto, não é um conceito novo, porém a partir das funcionalidades das redes inteligentes, trata-se de uma inovação a ser observada, com grandes aplicações na medicina, no controle ambiental e na construção civil.
A Internet Passiva das Coisas (“Passive IoT”) é um conceito que se refere a uma rede de dispositivos conectados à internet que operam sem enviar ou receber dados ativamente. Em vez disso, esses dispositivos coletam informações passivamente e as transmitem somente quando necessário ou em resposta a um evento específico. Essa abordagem é frequentemente chamada de tecnologia “pull” em vez de “push”, pois os dados são enviados somente quando solicitados ou necessários.
A otimização da distribuição de tráfego e recursos de rede, com o apoio da inteligência artificial, também terá seu protagonismo durante o evento. Essa integração visa não apenas a eficiência energética, mas também a qualidade de serviço. Redes que utilizam IA para gerenciar recursos são capazes de garantir uma melhor distribuição de carga, otimizando o funcionamento e o desempenho geral.
A ascensão do 5G Advanced e a busca pelo 6G são temas que continuarão a ganhar relevância. Essas tecnologias prometem transformar a conectividade, oferecendo novas formas de cooperações entre operadoras de telecomunicações e fornecedores de tecnologia. Tais parcerias são essenciais para criar uma infraestrutura robusta, que permita o avanço contínuo e sustentável.
No contexto atual, é fundamental que se produza um diálogo sobre o “uso sustentável das redes” com um viés de cooperação entre as empresas de telecomunicações e as grandes plataformas de produção de conteúdo e infraestrutura. A ideia de que todas as partes estão no mesmo barco tende a promover um ambiente mais colaborativo.
Acredito que o desenvolvimento de novos serviços que viabilizem a monetização do 5G e preparem o terreno para o 6G também terá ênfase durante o MWC. Serviços que não apenas geram receita, mas contribuam para o desenvolvimento econômico e tecnológico, são indispensáveis. O uso de inteligências artificiais integradas a redes seguras, como o 5G, oferece inúmeras possibilidades dentro das redes corporativas, abrangendo desde a indústria até o agronegócio.
O futuro das telecomunicações reside em um equilíbrio entre eficiência energética, inovação tecnológica e forte cooperação entre os agentes desse ecossistema. As oportunidades são imensas e, para aproveitá-las, é importante investir na implementação de soluções inteligentes que beneficiem a todos. A era das redes inteligentes está apenas começando, e o potencial que ela oferece será verdadeiramente transformador.
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