Xiaomi: por que lançar um carro?
Empresa integra pessoas, veículos e casas para formar ecossistema que abrange dispositivos pessoais, produtos domésticos inteligentes e, agora, automóveis
Empresa integra pessoas, veículos e casas para formar ecossistema que abrange dispositivos pessoais, produtos domésticos inteligentes e, agora, automóveis
Sergio Damasceno Silva
28 de fevereiro de 2024 - 11h58
A Xiaomi, que está entre as top 5 em fornecimento global de celulares, anunciou com barulho (mas sem motor) a entrada no setor de automóveis.
E passa a competir diretamente com marcas como Tesla pelo conceito e características do veículo.
O Xiaomi SU7 se posiciona como sedã ecológico de alto desempenho e promete alta integração do ecossistema da fabricante chinesa e do espaço móvel inteligente.
Para o lançamento, a empresa desenvolveu, pelo menos, cinco principais tecnologias para carros elétricos: e-motor, bateria integrada CTB, Xiaomi Die-Casting, condução autônoma Xiaomi Pilot e cabine inteligente.
De fato, o investimento da Xiami neste projeto foi de 1,3 bilhão de euros (quase R$ 7 bilhões) e envolveu mais de 3,4 mil engenheiros e mais de mil especialistas em áreas-chave.
O carro da Xiaomi se baseia no ecossistema “Human X car X home” e significa uma transição da marca sobre o conceito anterior “Smartphone x AIoT”.
Por esse ecossistema, há integração completa de dispositivos pessoais, produtos domésticos inteligentes e, agora, os automóveis.
Isto facilita a conectividade de hardware, a coordenação em tempo real e os avanços de condução, bem como a colaboração com parceiros da indústria.
Ainda, o sistema operacional Xiaomi HyperOS, que gerencia esse novo ecossistema entre o humano, o carro e a casa, é feito para promover a colaboração sem obstáculos entre dispositivos.
Também para garantir operações consistentes em todas as áreas da plataforma de vida inteligente integrada da Xiaomi.
Dessa forma, o modelo da Xiaomi terá três versões que serão lançadas até o final deste ano.
O lançamento ocorre depois de a empresa ter entrado em outras indústrias como eletrodomésticos e robótica.
Dessa forma, assim como já acontece com os celulares, a empresa anunciou três versões do carro: o SU7, o SU7 Pro e o SU7 Max, que se diferenciam em diversos aspectos técnicos e de desempenho.
De fato, o curioso é que, antes da pandemia, em 2018 e 2019, o MWC estava povoado de marcas automotivas que, à época, preparavam suas estratégias de veículos autônomos.
Contudo, foi algo que não se concretizou, efetivamente, na prática.
A eletrificação dos carros foi mais rápida e os projetos de carro autônomos ainda não se viabilizaram.
Até porque dependem imensamente de altas larguras de banda, o que pode ocorrer a partir do 6G, e não do 5G, como antes imaginado.
Assim, o SU7 é o primeiro carro da marca e será compatível com mais de mil dispositivos inteligentes no lançamento.
Ainda, o carro tem sistema de direção autônoma e, conforme a versão, virá com tecnologias como Adaptive BEV Technology, Road-Mapping Foundational Model e Super-Res Occupancy Network Technology, que permitem navegar pelas estradas com mapa gerado em tempo real.
Para isso, conta com um conjunto de câmeras LiDAR, e radares e chips Orin, da Nvidia, para que o veículo tenha a capacidade de reconhecer e evitar obstáculos com precisão milimétrica sem intervenção do motorista.
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