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Eu não existo longe de você

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Opinião

Eu não existo longe de você

Em 2002, a música “Fico assim sem você”, de Claudinho e Bochecha, era o maior sucesso nacional, depois foi regravada por Adriana Calcanhoto e ganhou a Europa


10 de agosto de 2022 - 10h00

Crédito: GaudiLab/Shutterstock

Em um trecho da música, ela diz: “Tô louco pra te ter nas mãos… eu não existo longe de você”.

Ela é uma canção de amor, mas essa parte da letra descreve muito bem a nossa relação com nossos smartphones nos dias de hoje.

Há 20 anos, quando a música era um hit no Brasil, os celulares da época eram praticamente analógicos, com poucos recursos e nada interativos. A partir de 2007, que de fato os celulares viraram smartphones, o 3G permitiu a expansão dos telefones celulares inteligentes, oferecendo uma experiência em movimento semelhante ao uso da internet por um computador conectado ao um cabo na parede.

Hoje são mais de 230 milhões de aparelhos, mais celular do que gente no Brasil.

No mundo da comunicação, chamamos um smartphone de mobile, é a palavra mais usual para definir o conceito de mobilidade.

Com ele, nós trabalhamos, nos mantemos informados e nos divertimos.

O mobile atinge 87% da população mundial, e a previsão é que o tamanho do mercado de publicidade móvel cresça a US$ 111,58 bilhões entre 2020 e 2025, segundo artigo publicado por Peter Houston, consultor de mídia, na WNIP.

Outro ponto interessante é o número de pessoas assistindo a vídeos em seus dispositivos móveis, que saiu de 1,43 bilhão, em 2016, para uma projeção de 2,3 bilhões em 2021. O mercado de publicidade em vídeo deverá ter uma taxa de crescimento anual composta de 20,89% para crescer a US$ 155,18 bilhões até 2026, impulsionada em grande parte pelo aumento do consumo móvel.

Luke Wroblewski, diretor de produto do Google, que cunhou a expressão mobile first, escreveu, em 2009, que a experiência móvel para aplicativos da web estava seguindo em grande parte o desenvolvimento de desktop. Na época, ele acreditava que isso estava errado e que os aplicativos da web deveriam ser projetados primeiro para dispositivos móveis.

Wroblewski deu três razões para sua posição no desenvolvimento mobile first:

– Crescimento explosivo de dispositivos móveis: em 2009, a introdução de smartphones estava impulsionando um grande crescimento em aplicativos móveis da web.

– O celular exige foco: não há espaço na tela de um smartphone para ‘elementos estranhos e desnecessários’. Os desenvolvedores têm que priorizar.

– Novos recursos: de informações de localização a entradas multitoque, o mobile first aproveita ao máximo os recursos exclusivos.

Hoje a audiência na Rede Digital Premium Jornais, uma adnetwork formada pelos 17 maiores jornais digitais do país, tem 50% da sua audiência vinda do mobile.

Marcas como o Bradesco, que acaba de lançar o app Invest+, entende que conversar com seu público-alvo do app em um ambiente seguro e qualificado de notícias, através do mobile, é uma estratégia de mídia extremamente eficaz.

Já nas redações dos jornais, os editores estão pensando cada vez mais nos conteúdos com foco no mobile para prender a atenção dos leitores, afinal, é a primeira e talvez a última tela que pegamos durante o dia.

Quando nos voltamos para o mundo do OOH, pensar em estratégias de mídia integradas entre a mídia exterior e o mobile é o caminho mais acertado, pois ambos acompanham as pessoas nas suas jornadas.

Pesquisa realizada pela Nielsen confirma que 66% dos usuários de smartphones tiveram algum tipo de reação após ver um anúncio de OOH, sendo que quatro, em cada dez pessoas, pesquisaram sobre o assunto visto.
Não podemos pensar em soluções de mídia fora de casa sem a convergência do OOH, e do Mobile.

A Logan Mobile Media, principal empresa de soluções de mídia mobile do mundo, trabalha no conceito de a Metamobilidade, uma tecnologia de retargeting que permite alcançar o cliente durante as etapas físicas e virtuais de seu dia. O mundo é hídrido, somos impactados pela publicidade mobile nos games, em áudio, passando pela construção da memória visual que o OOH proporciona até a chegada nos pontos de venda.

Com a chegada da tecnologia 5G, os impactos econômicos, no estado de São Paulo, devem movimentar mais de 260 bilhões de reais em realidade virtual, robótica, computação em nuvem, inteligência artificial e big data, segundo a Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competividade.

Da informação ao consumo, do trabalho ao entretenimento e, agora, com o 5G do infinito ao além em possibilidades para nossa relação com os smartphones.

Parece que a música “Fico assim sem você”, de 2002, nunca fez tanto sentido!
“Tô louco pra ter nas mãos… eu não existo longe de você.”

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