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SXSW

A Cultura pop impulsionando a Ciência

Visões de futuro da mente de artistas e escritores sempre foram determinantes para como nos relacionamos com inovações tecnológicas


12 de março de 2023 - 14h17

Crédito: Luiz Telles

Um artista e um cientista no palco. Tom DeSanto é o cara responsável por franquias cinematográficas como X-Men e Transformers. Frank Marchis é o cientista líder da empresa de telescópios Unistellar. Um com uma coleção de cinquenta mil quadrinhos. O outro influenciado por Asimov e o filme o quinto elemento. Ambos apaixonados pela cultura pop.

Essa relação entre arte e ciência sempre foi crucial para a evolução de narrativas e para vislumbrarmos tecnologias muito antes de elas serem viáveis. Na verdade, no Renascimento essas duas disciplinas estavam presentes na mesma pessoa, sem separação, porque a verdade elas precisam caminhar juntas o tempo todo. É só pensarmos em figuras como Michelangelo e Leonardo da Vinci.

Na contemporaneidade essa fusão é mais rara, mas na verdade não há diferença entre artistas e cientistas, segundo Frank:

“Somos (artistas e cientistas) todos sonhadores, e queremos fazer o mundo um lugar melhor”

Faz sentido. Artistas concebem coisas que não sabem como produzir, como executar. Cientistas ajudam nessa parte. Artistas são aqueles que fazem as perguntas sobre como as coisas poderiam funcionar e mostram sua versão de qual seria a resposta através da ficção. Cientistas provocados por essas visões acabam buscando soluções reais para invenções imaginadas.

Charles Darwin usava arte, desenhos, ilustrações, para mostrar para as pessoas o seu pensamento e o resultado do seu trabalho de pesquisa. HG Wells, o famoso escritor de ficção, não por acaso, adorava Charles Darwin. É um processo simbiótico.

Várias invenções que temos funcionando hoje no nosso cotidiano apareceram em obras de ficção no passado e isso é sempre um fator condicionador.

É muito potente esse conceito. Amplia olhares para a ciência e aproxima de todos nós.

Artistas e cientistas olham para a vida através da lente da esperança. E dessa forma, em conjunto, podem ajudar a criar uma futuro “jornada nas estrelas” ao invés de um futuro “Mad Max”

Esse é o poder da arte de influenciar o futuro da ciência. “Arte é a mais poderosa arma que o BEM tem no planeta.”

Oxalá.

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