Assisti duas sessões do SXSW ao mesmo tempo: how come?
Assisti a palestra da Amy Webb por streaming no meu celular, enquanto participava ao vivo a sessão "The Neurotech Revolution is Here: What Now?"
Assisti a palestra da Amy Webb por streaming no meu celular, enquanto participava ao vivo a sessão "The Neurotech Revolution is Here: What Now?"
9 de março de 2024 - 20h08
Assisti a palestra da Amy Webb por streaming no meu celular, enquanto participava ao vivo a sessão “The Neurotech Revolution is Here: What Now?”
Aqui o que aconteceu.
Ter o cérebro dividindo realidades com dupla necessidade de atenção é certamente algo que será bem mais simples logo mais do que foi para mim hoje, caso de fato ocorram os avanços previstos pelas quatro mulheres do painel Neuro (abaixo, descritivo de todas elas).
Isso porque Neurotech é a ciência que, seja através de implantes neurológicos no nosso cérebro,l — ou em outras partes do corpo — seja através de monitoramento por sensores extra-corpo, será ela que vai nos fazer tirar isso de letra. Nosso cérebro não será mais apenas nosso cérebro, mas uma plataforma tech. Conectada por dentro e para o lado de fora. E vice-versa.
Enquanto as moças nos explicavam isso, Amy falava a algumas quadras de distância, na mesma Austin, e no mesmo evento, que viveremos mais e mais a era dos Conectables, a rede de aparelhos interconectados que se comunicam entre si e trocam dados para facilitar e abastecer a Inteligência Artificial. Cérebro incluso.
As meninas chamam esse fenômeno que se aproxima de Brain Data.
Enquanto elas nos explicavam que esses dados vão conseguir prever que teremos um ataque cardíaco, Amy nos dizia que cientistas descobriram que a AI pode, com base na mesma capacidade preditiva dos biodados, prever quando vamos morrer.
A interação das duas palestras continuou e em alguns momentos (o da Cognitive Data das meninas e Biotech da Amy) elas falaram coisas muito semelhantes exatamente ao mesmo tempo.
Isso que acabo de descrever se chama sincronicidade. Cada vez mais, veremos essas conflexões. Não, nada disso é coincidência.
Acima, o gráfico da Amy dos três eixos sobre os quais ela acredita que essa sincronicidade se dará. Na real, já está se dando, como acabo de descrever aqui.
É uma formulação conceitual linda e intelectualmente elegante.
Mas é apenas uma representação esquemática da realidade, que é incomensuravelmente mais complexa. Nem as mil páginas do seu mais recente estudo conseguem capturar essa complexidade.
Nenhum de nós consegue. Nem vai,
Vir ao SXSW tem essa riqueza. Enxergar as complexidades, viver intensamente a sincronicidade e, quem sabe, assistir duas palestras ao mesmo tempo.
As moças:
Riki Banerjee – CTO da Syncron
Amy Kruse – general partner e chief investment officer da Satori Neuro
Nanea Reeves – CEO & Founder da Tripp
Shirley Zang – COO da OpenBCI
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