Do SXSW 2025 ao futuro: a arte de criar conexões e experiências transformadoras
Com inovação e foco na emoção, o design de experiências nos possibilita um futuro mais genuinamente conectado
Com inovação e foco na emoção, o design de experiências nos possibilita um futuro mais genuinamente conectado
13 de março de 2025 - 18h19
O ano de 2025 marca a última edição do SXSW no Austin Convention Center, que ficará em reforma até 2029. E foi justamente com a intenção de vivenciar o festival na sua forma mais “clássica” que decidi arrumar as malas em direção à Austin este ano.
Vim para o evento com a expectativa de conhecer principalmente uma de suas marcas registradas, que são os conteúdos sobre construção de futuro, design de experiências, liderança e novas formas de conexão.
Embora a programação do SXSW seja repleta destes tópicos, consegui selecionar os que seriam mais interessantes tendo em vista os assuntos que gostaria de me aprofundar. Entre eles, destaco a oportunidade que tive de fazer uma formação em futurismo com a Amy Webb (Foresight Master class), a maior futurista da atualidade, que de fato foi tão incrível quanto promete.
Após esta e outras talks e sessions, minha maior surpresa foi sair desse evento não apenas com novos conhecimentos e muitos insights, mas também capacitada em um método inovador e aplicável para repensar o formato do live marketing no Brasil.
Porque o fato é que não há tecnologia que substitua a interação entre as pessoas, e nesse contexto de um mundo hiperconectado, mas com pessoas desconectadas entre si, os eventos e experiências presenciais ou mesmo híbridas são uma grande ferramenta de conexão.
O melhor exemplo disso é justamente o que vivi aqui nos últimos dias. Pessoas desconhecidas e totalmente diferentes, mas com um propósito comum: se abrir para o novo e trocar experiências.
Mesmo em um evento tão voltado à tecnologia e inovação, a verdadeira riqueza está na conexão com as pessoas, nas conversas que surgem no café, no bar, nos passeios, explorando diferentes pontos de vista. Todo mundo sai do seu habitat natural e se abre genuinamente para a troca em um ambiente onde a ordem do dia é “see as much as you can, hear as much as you can, but start on the heart”, ou, em bom português, “veja o máximo que puder, ouça o máximo que puder, mas comece pelo coração”.
E a partir do que ando ouvindo e vivendo por aqui, quando penso no nosso mercado, pode parecer que trabalhamos com criatividade, mas cheguei à conclusão de que o nosso business é sobre emoção. Ou, na realidade, sobre como aplicar a criatividade e estratégia para criar emoções genuínas.
Afinal, se nosso segmento engloba o design de experiência, aqui aprendemos que qualquer design não é necessariamente sobre arte, mas sim sobre uma intenção que pode ser percebida e sentida. Em outras palavras, é sobre sensação, emoção e transformação.
Não há nada mais humano do que pessoas compartilhando valores em vivências que podem fazê-las acreditar em um mundo melhor. E nada melhor do que o SXSW para que elas imaginem juntas como será este futuro.
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