Doses diárias de incertezas. Doses diárias de improviso
Painel com Maggie Jackson valoriza o poder da dúvida
Painel com Maggie Jackson valoriza o poder da dúvida
8 de março de 2025 - 19h31
Maggie Jackson, a autora de “Uncertain: The Wisdom and The Wonder of Being Unsure”, foi brilhante na sua leve e forte presença e no seu didatismo inspirador e perturbador.
Tudo ao mesmo tempo. Trouxe a nossa ambivalência de atuação como um valor a ser percebido, e cada vez mais celebrado.
Ter dúvidas é grandioso.
O não saber é sobre tolerar o que parece ser perturbador ou desestabilizador.
Abraçar o “não sei” está diretamente relacionado a tolerar o novo – aquilo que percorremos mas tememos. Aquela coisa de “tá com medo? Vai com medo mesmo.”
O não saber é, também, sobre tolerância e respeito com o que e com quem está em volta.
Tolerância para o novo.
Tolerâncias para as incertezas.
Tolerar o novo é deixar o desconhecido participar, é abrir espaço para o novo existir, e acima de tudo, para praticarmos sem culpa o tão famoso ato de criar chamado “improviso”.
Toda vez que uma dúvida aparecer é uma chance de um recomeço de quem somos, de como atuamos, do que pensamos e do que valorizamos.
É uma chance de resetar do que parecia estar posto, vencido e imutável.
Qual a sua dose diária – e intencionalmente criada – para te colocar com dúvidas/inseguranças/incertezas?
Bebês aprendem quando ficam surpresos com algo não esperado.
E, nós, como continuamos aprendendo?
“Incerteza é quando o cérebro está dizendo que existe algo a novo ser aprendido (e também criado).” A frase, citada por Maggie em seu painel, é do neurocientista Joseph Kable.
Que sigamos, incertos, aprendendo por aí.
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