IA na automação de processos de criatividade e entendimento cultural
Veremos a IA não apenas como um facilitador de tarefas repetitivas, mas como uma força capaz de moldar a cultura global, impulsionar a criatividade e fornecer insights profundos
Veremos a IA não apenas como um facilitador de tarefas repetitivas, mas como uma força capaz de moldar a cultura global, impulsionar a criatividade e fornecer insights profundos
10 de março de 2025 - 11h22
O SXSW sempre foi o epicentro das conversas mais relevantes sobre inovação, e este ano não vai ser diferente. O que mais me interessa são as discussões sobre como as aplicações de IA estão evoluindo da automação de processos para ser um motor de criatividade e entendimento cultural, com o propósito de decifrar comportamentos e narrativas culturais em tempo real.
A intersecção entre tecnologia e identidade, aplicadas ao contexto das marcas é algo que precisa ser cada vez mais debatido. No geral, as grandes marcas já entenderam que, para prosperarem, precisam criar conexões reais e relevantes com diferentes comunidades e nichos culturais em larga escala. E nossa experiência na Winnin comprova que a tecnologia é um aliado essencial para possibilitar fazer isso em larga escala.
É humanamente impossível fazer uma segmentação de comunidades e mapeamento de comportamentos culturais na mesma velocidade, granularidade e assertividade, que a inteligência artificial. Por outro lado, é impossível a IA criar conexões autênticas, profundas e relevantes carregadas de nuances de identidade que definem a nossa condição humana. Vejo nessa intersecção entre humanidade, tecnologia e identidade um dos assuntos mais interessantes de estudo e aprofundamento.
O Brasil é um país culturalmente pulsante e, acima de tudo, uma cultura social. Os dados não mentem, o brasileiro é fora da curva quando o assunto é engajamento nas redes sociais (veja o que aconteceu no Oscar agora há pouco). Trabalhando com marcas globais, vejo que essa característica está sendo entendida e valorizada de forma bastante estratégica.
Muitas empresas estão apostando no Brasil como um celeiro de estudos avançados de aplicação da IA em marketing “social-first”. Essa é uma tendência que já está impactando muito o mercado brasileiro. Por exemplo: vemos muitos executivos brasileiros de marketing sendo promovidos para posições globais para escalar para outros países as melhores práticas sobre como aplicar IA na nova forma de construir marcas relevantes culturalmente.
Ao mesmo tempo, o consumo de vídeo continua crescendo absurdamente e a atenção está cada vez mais fragmentada. Alguns podem se perguntar se isso ainda pode ser chamado de tendência, mas o fato é que os dados apontam para um futuro onde esse comportamento vai seguir crescendo. Por isso vale ressaltar: marcas relevantes não são apenas “social-first”, elas são “video-first”.
Existe muita ciência por trás da arte de ser relevante na cultura, esse é um processo que pode (e deve) ser mapeado, analisado e utilizado como vantagem competitiva em larga escala. A Winnin nasceu para resolver exatamente esse desafio: ajudar marcas a serem mais relevantes culturalmente nesse mundo “social-first”, “video-first” com a ajuda de dados e IA.
Decifrar onde está a atenção das pessoas com dados de comportamento é riquíssimo para entender a granularidade sem precedentes, o que realmente importa para as pessoas, em tempo real. A tecnologia permite hoje, que marcas e criativos, possam garantir estratégias de conteúdo que estejam alinhadas com os interesses genuínos do público.
Veremos a IA não apenas como um facilitador de tarefas repetitivas, mas como uma força capaz de moldar a cultura global, impulsionar a criatividade e fornecer insights profundos sobre nossa história e identidade. Esse avanço promete abrir portas para um futuro onde a tecnologia e a cultura coexistem de maneiras cada vez mais integradas, criativas e conscientes.
Esse é o primeiro ano que a Winnin estará em peso no SXSW. Será também meu primeiro ano palestrando no evento, participando do painel “Relevance at Scale: How Cultural Data Supercharges AI Personalization”. Estou feliz de poder ser um dos representantes do nosso país no evento.
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